A mulher militar brasileira no século XXI: antigos paradigmas, novos desafios

Autores

  • Elaine Borges Tardin UENF
  • Lana Lage da Gama Lima UENF

Resumo

A entrada de mulheres nas instituições militares, ocorrida principalmente a partir da
década de 1970 nas sociedades ocidentais, acabou por romper com as representações da guerra
como um terreno exclusivamente masculino. Tal inserção não se deu por acaso, mas foi fruto
de demandas do movimento feminista por direitos políticos e sociais igualitários, uma vez que
as relações sociais de gênero também passaram por profundas transformações no século XX. O
discurso oficial das instituições militares brasileiras, apesar de aceitar a incorporação feminina,
adverte contra vários problemas que decorreriam dessa participação, sobretudo no combate em
zonas de conflito, pois suas responsabilidades específicas junto às famílias e suas limitações físicas
as impediriam de ocupar todas as funções da carreira militar, tal como ocorre com os homens.
A visão implícita é que o destino natural da mulher é o cuidado da família, e que o engajamento
na vida militar seria contrário a essa dedicação, ameaçando o modelo de família patriarcal ainda
presente na sociedade brasileira. Portanto, a inserção de mulheres nas instituições militares e
as demandas por um tratamento igualitário com relação à divisão do trabalho constituem um
desafio a velhos paradigmas, ainda presentes e valorizados em nossa sociedade.

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Biografia do Autor

Elaine Borges Tardin, UENF

Mestra e doutoranda em Sociologia Política pela Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro.

Lana Lage da Gama Lima, UENF

Professora titular de História Social da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, onde coordena
o Núcleo de Estudos de Exclusão e da Violência (NEEV). Possui doutorado em História Social pela Universidade de
São Paulo (1990).

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Publicado

11-12-2018

Como Citar

TARDIN, Elaine Borges; LIMA, Lana Lage da Gama. A mulher militar brasileira no século XXI: antigos paradigmas, novos desafios. Revista Ágora, [S. l.], n. 22, p. 70–82, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/13609. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Feminismos e Patriarcado

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