Cascalho, Martinho Campos, Quebra-pé: os nomes enquanto processo histórico e social de urbanização

Autores

  • Jocyare Souza

Resumo

Este trabalho apresenta, considerando a perspectiva teórica da Semântica do Acontecimento de Eduardo Guimarães (2005), os efeitos de sentido da nomeação tomada como um fenômeno histórico. Propõe-se, portanto, uma análise dos processos interdiscursivos de trocas culturais, considerando o desenvolvimento constitutivo que marca o espaço de enunciação das designações de nomes que denotam a relação que as comunidades quilombolas de Cascalho, Martinho Campos e Quebra-pé, localizadas em Três Pontas-MG, estabelecem com as novas tecnologias, enfocando o acontecimento enunciativo em sua historicidade. Esperamos, considerando análise morfossintática e funcionamento semântico-enunciativo do corpus – nomes que remetem à ancestralidade africana / nomes que remetem às ferramentas de novas tecnologias - evidenciar qual é a cor da cultura presente hoje nas comunidades quilombolas de Cascalho, Martinho Campos e Quebra-pé. Há, dentro dessa perspectiva, “uma relação da língua com um falante que se apresenta como sujeito político e social da enunciação” (GUIMARÃES, 1995, p. 16).

 

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Biografia do Autor

Jocyare Souza

Profa. Doutora do Mestrado em Letras – Linguagem, Cultura e Discurso da Universidade Vale do Rio Verde/UNINCOR - MG.

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Publicado

31-08-2016

Edição

Seção

GT3 - Africanidades e Brasilidades em Direitos Humanos e Políticas Públicas