Representações laicas de mártires na arte: Desde El tres de Mayo de Francisco de Goya até Shoot de Chris Burden

Autores

  • Ana de Almeida Universidade Federal do Espírito Santo

Resumo

Esse artigo apresenta um breve paralelo sobre a representação laica do martírio nas artes visuais, baseado nas pinturas de fuzilamento iniciadas por Francisco de Goya, até a performance Shoot de Chris Burden. Incita uma discussão sobre a violência que artistas utilizaram sobre o corpo figurado, seja representado ao público por meio da pintura, seja apresentado ao público por meio da performance. Inclui também referenciais iconográficos do mártir na arte cristã, que foram ressignificados em um contexto laico do Iluminismo, utilizados pela pintura a partir do século XVIII, assim como pela performance dos anos 1960/70. Discute também a significação da palavra “mártir” e como ela poderia ter sido apropriada, e aplicada em representações artísticas do corpo que é violentado.

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Biografia do Autor

Ana de Almeida, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, com pesquisa na linha de Estudos em História, Teoria e Crítica da Arte.

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Publicado

01-07-2018

Como Citar

Almeida, A. de. (2018). Representações laicas de mártires na arte: Desde El tres de Mayo de Francisco de Goya até Shoot de Chris Burden. Revista Do Colóquio, 8(14), 10–22. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/colartes/article/view/19632