Testemunho, trauma e memória em Rumo à vida, de Olga Papadopol

Autores

  • Lizandro Carlos Calegari Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (Politécnico-UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.24551

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar a obra Rumo à vida (1979), de Olga Papadopol, a partir da perspectiva do testemunho, do trauma e da memória. Inicialmente, faz-se um breve comentário sobre a presença do judaísmo no Brasil, ressaltando suas contribuições para a cultura nacional, principalmente no âmbito das letras e da literatura, mais notadamente a partir da Segunda Guerra Mundial, quando, por razões históricas, muitos judeus migraram do continente europeu, vindo alguns a se instalar no Brasil. Alguns imigrantes, ao relatarem suas experiências em campos de concentração, redigiram textos que passaram a constituir uma literatura de testemunho da Shoah no Brasil. Nesse sentido, comenta-se, também, sobre a literatura de testemunho e suas principais características, relacionando-a com o trauma e a memória dos sobreviventes. A análise do livro de Papadopol revela que a narrativa produzida surge de um dever de não se deixar o passado se perder e, também, de uma necessidade de superação do trauma. Para o embasamento dessa proposta, levam-se em conta perspectivas teóricas de Dori Laub, Márcio Seligmann-Silva e Regina Igel.

PALAVRAS-CHAVE: Testemunha. Trauma. Memória. Shoah. Olga Papadopol.

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Publicado

13-05-2019

Edição

Seção

Artigos (Dossiê)