OCUPAÇÃO, RESISTÊNCIA E A LUTA PELA ESCOLA PÚBLICA

Autores

  • Ângela Cristina Belém Mascarenhas Faculdade de Educação, UFG, Goiânia – GO.
  • Caio Antunes Faculdade de Educação Física e Dança, UFG, Goiânia – GO.
  • Gabriel Batista Silva (estudante secundarista), Colégio Estadual Telma Vieira de Sales, Aparecida de Goiânia – GO.
  • Hugo Leonardo Fonseca da Silva
  • Jane Darley Alves dos Santos Faculdade de Química, UFG, Goiânia – GO.
  • Marcos Jerônimo Dias Júnior Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação, UFG. Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte (SEDUCE). Goiânia – GO. Coordenador do Núcleo de Estudos Marxista da FE/UFG.
  • Renata Linhares Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás (ESEFFEGO), UEG, Goiânia – GO.
  • Sherry Max de Souza Secretaria Municipal de Educação Aparecida de Goiânia (SME), Aparecida de Goiânia – GO.

DOI:

https://doi.org/10.22535/cpe.v22i46.19331

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar uma reflexão acerca das ofensivas mercantis e conservadoras sobre o sistema de ensino público e  das formas coletivas de resistência e defesa da escola pública que emergem nesse processo a partir da especificidade do caso do estado de Goiás. Para tanto, recorreu-se à análise teórica buscando localizar o processo de mercadorização da educação e de recomposição da hegemonia burguesa no interior da escola como parte das respostas do capital à sua crise de caráter estrutural. Também foi analisado como este processo vem ocorrendo no estado de Goiás, assim como as contradições internas a este processo e como elas fizeram emergir movimentos de resistência e luta em defesa da escola pública. Pode-se concluir que esse processo, em Goiás, se tornou, ele mesmo, educativo e apontou tendências para a constituição de uma escola vinculada aos interesses da classe trabalhadora.

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Biografia do Autor

Hugo Leonardo Fonseca da Silva

Faculdade de Educação Física e Dança, UFG, Goiânia – GO.

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