TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE - um olhar sob a perspectiva da Educação Especial Inclusiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22535/cpe.v0i47.19789

Resumo

O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é estudado há décadas, mas ainda persistem controvérsias sobre causas, consequências e tratamentos, contribuindo para sua estigmatização. A literatura confirma que o TDAH não é um transtorno originário da contemporaneidade, não se relaciona à culturas ou classes socioeconômicas específicas, derrubando mitos que circulam na sociedade e no meio educacional. Nesse sentido, o estudo objetivou identificar o conhecimento do professor sobre o TDAH. A pesquisa - realizada entre professores da rede pública através de um questionário on-line da plataforma SurveyMonkey - confirma que o conhecimento sobre o TDAH é superficial, ainda que 75% tenham uma formação entre a graduação e a especialização. Revelou-se que 52% dos professores identificam os sintomas clássicos (déficit de atenção, hiperatividade, impulsividade), mas sintomas relacionados à apresentação desatenta e características positivas são pouco observados. Comportamentos inadequados e dificuldades escolares são creditados por 23% dos professores à falta de educação no lar. Considerou-se que o desconhecimento sobre o TDAH por parte dos professores gera prejuízo ao aluno quanto aos seus direitos a uma educação inclusiva.

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Biografia do Autor

Cristina Bruno de Lima, Universidade Federal Fluminense

Graduação em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2012) e graduação em Pedagogia para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2007). Especialização em Educação Especial com ênfase em deficiências (faculdade internacional SIGNORELLI) e PIGEAD (Planejamento Implementação e Gestão de EaD)/UFF . Mestrado em Diversidade e Inclusão (CMPDI)/ UFF-2017. Professora da Educação Infantil na Prefeitura Municipal de Cachoeiras de Macacu e Orientadora de Educação Especial pela Gerência de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação.

Cristina Lucia Maia Coelho, Universidade Federal Fluminense

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de janeiro. Mestre em Psicologia pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-Doutorado em Educação pela Universidade do Minho. Professora Associada IV de Psicologia da Educação do Departamento de Fundamentos Pedagógicos da Faculdade de Educação e do curso de Mestrado Profissional Diversidade e Inclusão da Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

25-09-2018