O ARQUÉTIPO SATÂNICO NO CONTO “L’ELIXIR DE LONGUE VIE” DE HONORÉ DE BALZAC

Autores

  • Marli Cardoso dos Santos

Resumo

Em certas narrativas do escritor francês Honoré de Balzac, encontramos aspectos sobrenaturais ligados à busca pelo poder, que, na maioria das vezes, está relacionada a uma espécie de satanismo. Alguns dos personagens balzaquianos não são como Mefistófeles, mas carregam esse arquétipo demoníaco. Um dos exemplos mais significantes é Don Juan de Belvidero, personagem de “L’elixir de longue vie” (1830). O Don Juan balzaquiano é um dos caracteres mais cruéis de toda La comédie humaine, que não partilha a imortalidade do elixir com o pai e, por consequência, quando Juan precisa do elixir, acontece o inesperado: o vidro se quebra antes de o líquido embeber todo o seu corpo e ele passa a movimentar apenas a cabeça e um dos braços, causando uma espécie de horror-cômico pelo corpo que se movimenta como um fantoche e, ainda, pela cena macabra da cabeça que se desloca do corpo sem vida, para morder um crânio vivo. Analisaremos essa narrativa para compreender de que forma o arquétipo satânico está presente no personagem e, além disso, faremos um breve percurso da influência de Satã na literatura até chegar a Balzac. Para este estudo, as teorias de Max Milner, Pierre-Georges Castex e Louis Vax são essenciais para analisar os elementos sobrenaturais relacionados ao satanismo nesse conto balzaquiano.

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Publicado

14-11-2013

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Artigos