MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA E CULTURA NA CIDADE DE NATAL-RN: A CRIAÇÃO DOS LUGARES A PARTIR DAS INTERVENÇÕES TEMPORÁRIAS.

Autores

  • MANUELA CRISTINA RÊGO DE CARVALHO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
  • Ruth Maria da Costa Ataíde

Resumo

As cidades contemporâneas, marcadas pelo processo de globalização, da liquidez das novas relações e Do constante crescimento de políticas neoliberais traduzem em seus espaços os anseios do capital, gerando novas condições de uso e distanciando cada vez mais as pessoas dos espaços públicos. A vida cívica passa a se enclausurar em espaços privados, o que faz emergir diversos movimentos temporários de resistência na cidade. É por meio dessas ações, que muitas vezes fazem uso de áreas subutilizadas, que se reconquistam os direitos democráticos e sociais no urbano e assim elas surgem como uma relutância a esse modelo de cidade, onde por meio dessas práticas, é possível imprimir um verdadeiro sentido e identidade aos lugares. O objetivo desse artigo é compreender como as intervenções temporárias realizadas nos espaços livres públicos da cidade de Natal se mostram como práticas de resistência e democratizam o acesso à cidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

MANUELA CRISTINA RÊGO DE CARVALHO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Mestranda pelo Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFRN (PPGAU) com ênfase em
Estruturação e Gestão do Território, na pesquisa intitulada de "Movimentos de resistência na cidade de Natal-RN:
Estratégias de (re)apropriação cotidiana através de intervenções temporárias". Pós Graduanda no Master
emDesign de Interiores pelo IPOG (Instituto de Pós-graduação e Graduação). Arquiteta e Urbanista formada pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) com mobilidade sanduíche de agosto à dezembro de 2015,
na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina. Técnica em Edificações
pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte concluído em 2014. Principais
interesses acadêmicos ligados à planejamento urbano e territorial, com ênfase em novas formas de uso e
apropriação do espaço através de estruturas efêmeras e planejamento insurgente.

Referências

6 REFERÊNCIAS

AUGÉ, Marc. Não-lugares. Introdução a uma antropologia da supermodernidade. 5 ed. São Paulo: Papirus, 1994, 111p.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, 255 p.
CARLOS, A. F. A. Espaço-tempo na metrópole: a fragmentação da vida cotidiana. São Paulo: Editora Contexto, 2001.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007, 85p.
CARLOS, Ana Fani Alessandri; SOUZA, Marcelo Lopes de; SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão (Orgs). A Produção do Espaço Urbano. Agentes e Processos, Escalas e Desafios. São Paulo: Contexto, 2011.
CARLOS, Ana Fani; ALVES, Glória; PADUA, Rafael Faleiros de (orgs). Justiça espacial e o direito à cidade. São Paulo: Editora Contexto, 2017. 190 p.
CARVALHO, Manuela Cristina Rêgo de. Práticas de resistência através de intervenções temporárias na cidade de Natal: o caso da Eco Praça. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Arquitetura e Urbanismo) – Departamento de Arquitetura e Urbanismo, UFRN, Natal – RN.
FONTES, Adriana Sansão. Intervenções temporárias, marcas permanentes. A amabilidade nos espaços coletivos de nossas cidades. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: PROURB-FAU/UFRJ, 2011.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
HARVEY, David (et al.). Occupy: movimentos de protestos que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo: Carta Maior, 2012. 64 p.
HARVEY, David. A Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 25 ed. São Paulo: Loyola, 1996.
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001.
MAGNANI, José G. C. A antropologia urbana e os desafios da metrópole. Tempo Social, 15(1): 81-95, 2003.
MAGNANI, José G. C. A rua e a evolução da sociabilidade; O lazer na cidade. In: Os urbanitas: revista digital de antropologia urbana, 0 (1). Ano 1. Outubro de 2003.
MAGNANI, José G. C. Rua, símbolo e suporte da experiência urbana. In: Os Urbanitas: Revista Digital de Antropologia Urbana, São Paulo, v. 1, n. 0, 2003. Disponível em: < http://www.aguaforte.com/antropologia/osurbanitas/revista/RUA1.html >.
SIMMEL, Georg. A metrópole e a vida mental. In: Velho, O (org) O Fenômeno Urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
WIRTH, L. O urbanismo como modo de vida. In: VELHO, O. (Org.). O Fenômeno Urbano. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1979 [1938].

Downloads

Publicado

07-12-2019

Edição

Seção

GT-10: Práticas culturais na produção da cidade