CITYADOS NO URBANO: A TRIALÉTICA DAS FRONTEIRAS (IN) VISÍVEIS AOS CORPOS NEGROS-PERIFÉRICOS

Autores

  • Ana Carolina Paula Basílio Universidade Federal de São Carlos - campus Sorocaba

Resumo

O presente artigo propõe-se a discutir o direito à cidade à luz de reflexões acerca dos Fluxos (bailes funk), realizados por jovens nas periferias paulistanas e o Programa Ruas Abertas, materializada na abertura da Avenida Paulista aos finais de semana. Desenvolve-se um esquema trialético do direito à cidade, a saber: conquista do direito – negação direcionada – estratégia à negação. A partir dessas três dimensões, busca-se pensar as disparidades e abismos socioespaciais que marcam a produção do espaço urbano da cidade de São Paulo, a fim de responder ao problema: o direito à cidade tem cor e classe?

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Biografia do Autor

Ana Carolina Paula Basílio, Universidade Federal de São Carlos - campus Sorocaba

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba (2017). Mestranda em Geografia pela Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: relações étnico-raciais, feminismos, educação, periferia e funk.

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Publicado

07-12-2019

Edição

Seção

GT-11: Os lazeres na (re)produção do urbano