UMA LEITURA GEOGRÁFICA DA CIDADE DE IGUATU-CE A PARTIR DO ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO DE “O CÉU DE SUELY”

Autores

  • Marcos Antonio da Silva Ferreira Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Resumo

O filme, a pintura, a música, a literatura e as múltiplas linguagens que a arte é capaz de expressar são capazes de produzir diversas leituras sobre a cidade. Esse trabalho propõe uma em particular: entender como a cidade de Iguatu, localizada na região Centro-Sul do Ceará, é representada no roteiro cinematográfico do filme “O Céu de Suely”. Para isso, faz-se necessário mergulhar na intertextualidade entre a Geografia e o cinema; interpretar as relações entre os lugares narrativos vivenciados pela protagonista e as suas respectivas funções dramáticas nas cenas; e, por fim, apreender o roteiro cinematográfico como peça textual possível de interpretações geográficas. Dessa forma, a Geografia demonstra uma pluralidade de caminhos para se ler e refletir sobre a cidade, seja pela já amplamente discutida perspectiva econômica e ambiental ou através da própria arte cinematográfica. 

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Referências

REFERÊNCIAS:

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Manhattan, ou Nova Iorque, a magnífica, de Paul Strand e Charles Sheeler, 1921, Estados Unidos.
Nada além das horas, de Alberto Cavalcanti, 1926, Brasil.
O abismo prateado, de Karim Aïnouz, 2011, Brasil.
O céu de Suely, de Karim Aïnouz, 2006, Brasil.
O Homem com a câmera, de Vertov, 1929, União Soviética.
Paris que dorme, de René Clair, 1924, França.
São Paulo, sinfonia da metrópole, de Rodolfo Lex Lustig e Adalberto Kemeny, 1929, Brasil.
Terra em transe, de Glauber Rocha, 1967, Brasil.
Vidas secas, de Nelson Pereira dos Santos, 1963, Brasil.

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Publicado

07-12-2019

Edição

Seção

GT-10: Práticas culturais na produção da cidade