Literatura e violência em um conto de Rubem Fonseca

Autores

  • Matheus Boni Bittencourt Mestrando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.25067/s.v1i19.6221

Resumo

A presente leitura do conto “O cobrador”, de Rubem Fonseca, enfatiza as ambiguidade do narrador. Ao mesmo tempo vítima de uma violência objetiva e agente de uma violência individual, o narrador expressa a sua revolta solitária pela poesia em verso livre e pelo crime violento contra indivíduos abastados, nos quais ele “cobra” a “dívida social”. Sob uma ordem social profundamente desigual e consumista, a poesia e a violência são modos complementares de revolta individual do consumidor frustrado.

 

ABSTRACT

 

This paper on Rubem Fonseca's O cobrador emphasizes the ambiguities of its storyteller. At the same time victim of an objective violence and agent of an individual one, the storyteller expresses his lonely revolt by suing free verses poetry and violent crimes against rich individuals, from whom he “charges” what he calls a “social debt”. Under a deeply unequal and consumerist social order, the poetry and the violence dimensions of Fonseca’s writing appear as complementary modes of an individual revolt motivated by a frustrated consumer condition.

 

KEYWORDS: Poetry, Violence, Narrative.

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Biografia do Autor

Matheus Boni Bittencourt, Mestrando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo

Graduado em Ciências Sociais, especialista em História e Literatura e mestrando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo.

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Publicado

28-06-2016

Edição

Seção

ARTIGOS