“ENEM LIBRAS JÁ!”: NARRATIVAS SOBRE ACESSIBILIDADE NO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
Resumo
RESUMO
Este artigo objetiva analisar algumas políticas que garantem o direito dos surdos à realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Língua Brasileiras de Sinais (Libras), por meio das narrativas dos sujeitos surdos que participaram da referida avaliação. Articula-se em torno do seguinte problema de pesquisa: de que forma se materializam/corporificam os discursos encontrados sobre as políticas de acessibilidade para surdos a partir da lei 10.436/2002 e do decreto 5.626/2005 segundo as narrativas surdas no que diz respeito ao Enem? A pesquisa é do tipo etnográfica e apoiou-se na abordagem Histórico-Cultural, utilizando como matriz teórica o pensamento de Vigotski acerca da linguagem como elemento fundamental para o desenvolvimento do ser humano. Foi realizada entre março e setembro de 2015, no município de Vitória-ES, em uma instituição que faz atendimento pedagógico aos surdos. Participaram da pesquisa a diretora, a pedagoga, três professores, um intérprete, duas alunas surdas e uma profissional da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizadas a observação participante, as entrevistas semiestruturadas áudio e videogravadas bem como realizada uma ampla pesquisa no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A análise de dados nos revela que há políticas que garantem o direito do surdo a um intérprete no Enem, mas as práticas de acessibilidade não são suficientes para contemplar a condição linguística do surdo. Faz-se necessária uma (re)discussão e reavaliação do modo como ocorre o acesso e compreensão das informações no Enem ou em qualquer outra situação. Dessa forma, os surdos apontam para a emergência de um “ENEM LIBRAS JÁ”.
Palavras-Chave: Enem, Libras, Surdos
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Anais do Seminário Nacional de Educação e do Seminário Capixaba de Educação Inclusiva utiliza a licença Creative commons attribution 3.0 (creativecommons.org) como base para transferência de direitos, para periódicos de acesso aberto - Open Archives Iniciative (OAI).A disponibilização é gratuita na Internet, para que os usuários possam ler, fazer download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos, processá-los para indexação, utilizá-los como dados de entrada de programas para softwares, ou usá-los para qualquer outro propósito legal, sem barreira financeira, legal ou técnica.
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.