O ENSINO DE LIBRAS PARA BEBÊS SURDOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Resumo
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo principal analisar como ocorre o ensino de LIBRAS para bebês surdos na educação infantil. Este estudo emerge de reflexões a partir da dissertação de mestrado de Dayane Bollis Rabelo, intitulada “O bebê surdo na educação infantil: um olhar sobre inclusão e práticas pedagógicas” (2014), que teve como objetivo analisar a inclusão de bebês surdos (um ano) na educação infantil de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) no município de Vitória/ES. Utilizamos como aporte teórico a perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano, sob a perspectiva que o sujeito se constitui nas relações sociais, como um ser ativo que transforma e é transformado nessas relações. Nesse contexto, o desenvolvimento implica a relação com o outro e a mediação da linguagem, meio de comunicação e de constituição do pensamento. Assim, no caso dos bebês surdos, destaca-se a LIBRAS como língua privilegiada que deve ser apropriada por eles e ensinada no cotidiano da educação infantil. Como opção metodológica, desenvolvemos um estudo de caso de inspiração etnográfica, com procedimentos de coleta de dados como a observação participante, entrevistas semiestruturadas e análise documental. As análises indicam que a vivência e interação em LIBRAS entre as crianças e a maior parte dos profissionais da escola com os bebês surdos torna-se um desafio, sobressaindo a necessidade de mais profissionais com o conhecimento da LIBRAS para atender às crianças surdas em diferentes espaços no cotidiano da educação infantil, na perspectiva de potencializar o seu desenvolvimento e a constituição de sua identidade. Além disso, ressalta-se a importância da mediação como fator importante para o desenvolvimento da linguagem dos bebês surdos.
Palavras-chave: Inclusão; Ensino de LIBRAS; Bebês surdos.
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