CONCEPÇÕES DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL DE VITÓRIA: CONTRADIÇÃO E INVISIBILIDADE, PELO DIREITO DE NÃO ENSINAR

Autores

  • Mônica Faria da Silva Abreu
  • Elizabete Bassani
  • Jair Ronchi Filho
  • Patrícia de Carvalho Baioco Del Piero

Resumo

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é assunto
recorrente dentro e fora dos muros das escolas. Esse estudo teve como
objetivo geral conhecer quais são as concepções que professores e pedagogos
de uma escola pública de Ensino Fundamental do município de Vitória têm
sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e quais os efeitos
dessas concepções sobre a sua atuação no cotidiano escolar. Para tanto,
desenvolvemos um estudo de caso em uma escola pública de Ensino
Fundamental do município de Vitória – ES. Utilizamos como instrumentos na
construção dos dados: observações com registro em diário de campo,
entrevistas semi-estruturadas com professores e equipe pedagógica da escola
e análise de documentos. Nosso estudo possibilitou a compreensão que a
principal concepção de TDAH vigente na escola pesquisada é a que entende o
transtorno como sendo de origem biológica. Tal concepção gera contradições
na prática e discurso dos docentes e corpo pedagógico e, aos alunos
diagnosticados, resta à invisibilidade. Concluímos que, imersos em uma
sociedade historicamente marcada pelos ideais do Liberalismo, alunos e
professores são vítimas de políticas públicas produtoras de precárias
condições de trabalho e o aluno com laudo passa a ser invisibilizado, restando
ao professor o direito de não ensinar.
Palavras-chave: TDAH; medicalização; dificuldades de aprendizagem.

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Biografia do Autor

Mônica Faria da Silva Abreu

 

Elizabete Bassani



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Publicado

04-04-2019

Edição

Seção

Comunicação Oral - Eixo 6 Aprendizagem e Avaliação: diagnóstico, planejamento e gestão do trabalho pedagógico