OS ALUNOS SURDOS NO CONTEXTO EDUCACIONAL: UMA ETNOGRAFIA NA ESCOLA SOBRE A CULTURA E A COMUNICAÇÃO POR MEIO DA LÍNGUA DE SINAIS

Autores

  • Yamilia de Paula Siqueira

Resumo

A escola é um espaço de múltiplas personalidades e diferenças, dentre elas a cultura dos surdos, que estão presentes e legitimando cada vez mais o seu espaço na sociedade. A Língua Brasileira de Sinais (Libras), apenas no ano de 2002 por meio da Lei nº 10.436, foi reconhecida como meio de comunicação legitima das comunidades surdas do Brasil. Neste contexto, os surdos passaram por um longo processo de invisibilidade social, em que não tinham o direito de assumir sua identidade e sua cultura de forma legítima, sem repreensão ou preconceitos. O foco desta pesquisa é, além de reconhecer a cultura e a identidade surda no espaço escolar, relatar a importância da língua de sinais para a sociabilidade que se expressa por meio do corpo e a performance para a comunicação por meio dos sinais que estão presentes neste contexto, tendo como principal suporte metodológico o Diário de Campo, trazendo uma série de percepções e inquietações da vivência em campo durante um ano em uma escola da rede estadual de ensino do município de Vila Velha, acompanhando e observando cinco adolescentes e três intérpretes tradutores da Língua de Sinais. Como resultados da vivência na escola, identificamos a importância de um projeto intitulado “Incluir Libras”, que trouxe como foco a inclusão dos alunos surdos e de suas famílias, que encontraram no projeto um espaço de aprendizado da LIBRAS e de maior interação com a comunidade escolar. O projeto criado e organizado por um intérprete da escola trouxe um olhar diferenciado para os estudantes surdos, uma vez que os adeptos ao projeto buscaram aprender a língua de sinais para se comunicarem com os alunos surdos.  

Palavras-Chave: Língua de Sinais. Escola. Cultura e Identidade.

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Publicado

04-04-2019

Edição

Seção

Comunicação Oral - Eixo 1 Do Direito à Educação: políticas de acesso, permanência e qualidade social