O sujeito, o prazer e o gozo na pós-modernidade uma leitura a partir de Montaigne e Freud
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v7i2.19486Resumo
Estas reflexões se propõem analisar a questão do sujeito e suas relações com o prazer, o desprazer e o gozo na pós-modernidade a partir das perspectivas de Montaigne e Freud. Com efeito, estes dois exploradores da mente e do comportamento humanos revelam várias similitudes entre si, apesar dos mais de trezentos anos que os separam e das diferenças de método de que se serviram para elaborarem suas descobertas. Montaigne centra suas análises sobre os motivos e os móbeis do agir humano a partir do pensamento dos moralistas clássicos e, em especial, dos estoicos e de Plutarco. Quanto a Freud, ele tem em seu favor a teoria e a experiência analíticas que lhe permitiram trazer à tona, simbolizando-a, a linguagem do inconsciente. Ambos os pensadores, porém, souberam captar, nas suas nuanças e gradações, as relações que se dão entre o prazer, o desprazer e o gozo e, assim, anteciparam um dos temas proeminentes da chamada pós-modernidade.
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