Schopenhauer, mestre de Nietzsche: sobre niilismo e ascetismo

Autores

  • João Constâncio

DOI:

https://doi.org/10.47456/sofia.v7i2.21839

Resumo

O artigo tentar mostrar três coisas: primeiro que, embora Nietzsche rejeite alguns dos aspectos mais importantes da famosa metafísica da vontade que se encontra no centro de toda a filosofia de Schopenhauer, tal metafísica não deixa por isso de ser o ponto de partida da sua análise do “facto fundamental da vontade humana” na Genealogia da Moral; depois, que o modo como Schopenhauer entende o ascetismo e a “negação da vontade” tem uma importância crucial para a compreensão da concepção nietzschiana do “ideal ascético” e de uma “vontade do nada” como vontade ascética; por fim, que a interpretação daquilo a que Nietzsche chama “niilismo” na Genealogia e, em geral, na sua obra não pode dispensar a reflexão sobre o modo como Nietzsche e Schopenhauer pensam o ascetismo e a ideia de uma “vontade do nada”. Este último ponto implica a revisão crítica de importantes interpretações do niilismo em Nietzsche, como a de Stegmaier e a de van Tongeren.

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Publicado

28-02-2019

Como Citar

Constâncio, J. (2019). Schopenhauer, mestre de Nietzsche: sobre niilismo e ascetismo. Sofia , 7(2), 59–81. https://doi.org/10.47456/sofia.v7i2.21839

Edição

Seção

Dossiê Schopenhauer