A VIOLÊNCIA OBSTETRÍCA EM MULHERES ENCARCERADAS: UMA ANÁLISE DA REALIDADE DA PENITENCIÁRIA FEMININA DO DISTRITO FEDERAL
Resumo
Resumo: O Brasil, atualmente, dispõe de uma das maiores populações encarceradas do mundo. Essa realidade possui determinações ancoradas numa formação sócio-histórica de capitalismo periférico e dependente calçado num passado escravista-colonial. Este artigo analisa as condições relacionadas ao parto, durante o encarceramento, de doze mulheres na Penitenciária Feminina do Distrito Federal. O nosso percurso analítico se apropria da perspectiva feminista fundamentada no conceito de consubstancialidade, cuja emergência teórica ainda é recente no debate do Serviço Social. Uma das violências desveladas nessa pesquisa foi a obstétrica, correspondendo a um continuum punitivo, que atravessou a instituição prisional e a instituição hospitalar.
Palavras-chave: Violência obstétrica; mulheres encarceradas; consubstancialidade.