Etnografia de uma caminhada ecológica em meio à paisagem híbrida da ilha

Autores

  • Márcio Antonio Farias de Freitas Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

DOI:

https://doi.org/10.24305/cadecs.v2i2.10807

Resumo

Este texto é resultado de minha pesquisa de mestrado, que discute o conflito socioambiental existente no Campinho da Fonte Grande, Vitória-ES, cenário de uma disputa profundamente desigual em termos de poder político dos agentes humanos envolvidos por um espaço urbano “verde”, imprensado entre duas secções de uma área de proteção integral, em que habita um coletivo há gerações. Neste artigo busco, através de uma etnografia realizada numa caminhada ecológica ao Parque Estadual da Fonte Grande, demonstrar as representações dos ambientalistas, que reiteram, ao lado dos gestores do poder público municipal, a oposição entre natureza e sociedade, consolidando políticas de reclusão (natural) e exclusão (social), num cenário marcado pelo hibridismo e onde o coletivo reivindica a permanência e o pertencimento ao lugar, como guardiões atuantes de outro regime de relações entre humanos e não-humanos.

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