Democracia digital e comunicação desintermediada: um olhar a partir do neoinstitucionalismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/cadecs.v10i2.39692

Resumo

O presente artigo possui o intento de refletir, através de uma revisão de literatura, sobre os conceitos de democracia digital e as novas tecnologias da comunicação e informação como fatores potencialmente democráticos e influentes no comportamento político. Nesse sentido, busca-se analisar, sob o olhar do neoinstucionalismo, o papel das mídias sociais, em especial o Twitter, como canal comunicativo informal de desintermediação entre representante e representado na atividade parlamentar no Brasil. A partir dessa ótica, e utilizando-se de dados oriundos do Twitter, objetiva-se entender como as relações mediadas pelas mídias sociais atuam como possível extensão do mandato dos parlamentares enquanto atores políticos. Os resultados indicam que a atuação de parlamentares nas mídias sociais digitais como expressão da comunicação interativa desintermediada evidencia-se como fenômeno de comunicação política com reflexos que indicam, ainda que minimamente, uma mudança no comportamento dos representantes e no seu agir político. No contexto da CPI da COVID-19, houve aumentos consideráveis na média de interações por meio de ferramentas do Twitter por parlamentares. Por outro lado, observou-se que parte dos senadores que compunham a CPI da Covid-19 mantiveram inexpressiva atuação na plataforma.

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Biografia do Autor

Vítor Eduardo Veras de Sandes Freitas, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Doutor em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP; professor de Ciência Política da Universidade Federal do Piauí - UFPI

Morgana Gomes de Carvalho, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Mestranda no Programa de Pós-graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Piauí - UFPI.

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Publicado

11-12-2022