O ser humano objetificado em Robinson Crusoé

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DOI:

https://doi.org/10.47456/cadecs.v11i1.41923

Resumo

O texto tem como objeto de reflexão a obra Robinson Crusoé (1719), do escritor Daniel Defoe, sob o prisma pós-colonial – teoria que estuda dentro da ficção literária os resultados da colonização sobre os sujeitos colonizados. Aqui, o ponto base é a objetificação de Sexta-Feira – rebaixado pelos termos depreciativos usados por Robinson Crusoé. Logo, observa-se que Sexta-Feira foi colocado numa posição de inferioridade por Crusoé, talvez por ser indígena, andar nu, não ter domínio do idioma europeu e também não pertencer à uma cultura hegemônica – aos olhos do europeu –, além de não ser cristão. Vê-se que na figura colonial representada em Sexta-Feira, também existem crenças e valores que são ignorados pelo colonizador – na figura de Crusoé.

Biografia do Autor

  • Rovana Chaves, Universidade de Passo Fundo (UPF)

    Mestrado em Letras pela Universidade de Passo Fundo (UPF)

  • Luis Francisco Fianco Dias, Unisinos

    Mestrado em Filosofia pela Unisinos

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Publicado

26-07-2023