Percepção de risco, produção de energia eólica e pequenos agricultores do agreste pernambucano
DOI:
https://doi.org/10.47456/cadecs.v11i1.41925Resumo
No presente texto, analisamos os impactos da produção de energia eólica nas comunidades rurais de Larguinha e Pau Ferro, localizadas no município de Caetés, PE. Utilizando dados de entrevistas semiestruturadas, realizadas com um grupo de pequenos agricultores, além da observação direta no entorno dos aerogeradores e informações levantadas em artigos científicos, blogs e jornais, conseguiu-se evidenciar a existência de externalidades negativas na geração de energia eólica. Diante dos relatos, foi possível identificar processos de desterritorialização, como êxodo rural, adoecimentos e redução das amenidades ambientais na comunidade.
Downloads
Referências
ACSELRAD, H., HERCULANO, S., PÁDUA, J. A. 2004. A justiça ambiental e a dinâmica das lutas socioambientais no Brasil - uma introdução. In: ACSELRAD, H., HERCULANO, S., PÁDUA, J. A (Orgs.). Justiça ambiental e cidadania. Rio de Janeiro: Relume-Dumará,
ACSELRAD, H. 2004. Justiça ambiental: ação coletiva e estratégias argumentativas. In: ACSELRAD, H., HERCULANO, S., PÁDUA, J. A (Orgs.). Justiça ambiental e cidadania. 2. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará; Fundação Ford.
BARTELT, D. D.; SCALAMBRINI, H. 2016. Articulação Eólica Pernambuco. Ao encontro dos ventos. Entrevista com o bispo dom Luiz Ferreira Salles. 1 vídeo, (14min 04seg). 23 de março de 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CQFK7qYrspk. Acesso em: 12, jul. de 2020.
BURSZTYN, M. org. 1993. Para pensar o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Brasiliense.
CERQUEIRA-SANTOS, E. 2014. Os homens por trás das grandes obras do Brasil. In: Childhood; ABMP. (Org.). Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes: Novos olhres sob diferentes formas de violações. 1ed.São Paulo: Childhood, v. , p. 337-345.
CPTNEII - Comissão Pastoral da Terra Nordeste. 2019. II.“Quando chegou o aerogerador, a vida ficou insuportável”: impactos da energia eólica no agreste de Pernambuco (2). Site da CPTNEII, 09 de agosto. Disponível em: https://www.cptne2.org.br/publicacoes/noticias/grandes-projetos/5145-quando-chegou-o-aerogerador-a-vida-ficou-insuportavel-impactos-da-energia-eolica-no-agreste-de-pernambuco-2 Acesso em 15 maio de 2020.
CRESESB - História da Energia Eólica e suas utilizações. Site da CRESESB,12 de junho de 2017. Disponível em: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&lang=pt&task=print&cid=201. Acesso em 18, jun. 2020
DOCUMENTO SUAPE. 2015. Jornal do Commercio. Disponível em: http://especiais.jconline.ne10.uol.com.br/documento-suape-2015/. Acesso em 11, jul. 2020.
DOUGLAS, M., WILDAVSKY, A. 1982. Risk and culture – An essay on the selection of technological and environmental dangers. Berkeley: University of California Press.
FAIRHEAD, J., LEACH, M. e SCOONES, I. 2012. Green Grabbing: a new appropriation of nature?, The Journal of Peasant Studies, 39:2, 237-261. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/03066150.2012.671770 Acesso em: 15, abr. 2020.
FREITAS, C. M. de. 2000. A contribuição dos estudos de percepção de risco na avaliação e gerenciamento de riscos relacionados aos resíduos perigosos. In: SISINNO, C. L. S. e OLIVEIRA, R. M. de. (Org.) Resíduos sólidos, ambiente e saúde: uma visão multidisciplinar. Rio de Janeiro: FIOCRUZ.
FREITAS, C. M. de., GOMES, C. M. 1996. Análise de riscos tecnológicos na perspectiva das ciências sociais. In: História, Ciências, Saúde - Manguinbos, vol. III (3)Nov.
FOLADORI, G. 2001. Limites do desenvolvimento sustentável. Campinas, SP: Editora da UNICAMP. São Paulo: Impressa Nacional.
HAESBAERT, R. 2002. Territórios alternativos. Niterói: Contexto.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2021. Censo Demográfico.
MEIRELES, A. J. de A. 2011. Danos socioambientais originados pelas usinas eólicas nos campos de dunas do Nordeste brasileiro e critérios para definição de alternativas locacionais. Confins [Online], 11. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/6970 Acessado em 02, ago. 2020
MONTIBELLER, G. 2004. O mito do desenvolvimento sustentável – meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. Florianópolis: Ed. Da UFSC.
O’ CONNOR, J. 1998. Natural Causes: Essays. In: Ecological Marxism. New York: The Guilford Press.
PORTO, M. F. 2004. Saúde pública e (in) justiça ambiental no Brasil In: ACSELRAD, H., HERCULANO, S., PÁDUA, J. A (Orgs.) (Orgs). Justiça Ambiental e cidadania. Rio de Janeiro.
RESENDE, F. F. ; TRISTÃO, M. 2017. Abordagens da ideia de escola sustentável: práticas de sustentabilidades em comunidades/escolas. In: OLIVEIRA, M. M. D. et al.. (Org.). Cidadania, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Caxias do Sul - RS: Educs, v. 1, pp. 120-141.
RIBEIRO W. 2019. Famílias rurais denunciam impactos negativos dos parques eólicos. Blog Ponto de vista PE. 15 de maio. Disponível em: https://blogpontodevista.com/familias-rurais-denunciam-impactos-negativos-dos-parques-eolicos/. Acesso em 15, jun. 2020.
ROSA, I. F. 2008. "Nosso medidor somos nós, que sentimos e gritamos": conflitos sócio-ambientais no entorno de uma fábrica de agrotóxicos no Ceará. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará.
SANTANA, A. O; SILVA, T. A. A. 2021.Produção de energia eólica em Pernambuco e a injustiça ambiental sobre comunidades rurais. In: Revista Katalysis, v. 24, p. 245-254.
SCRIBANO, A., SENA A. de. 2020. A entrevista: um olhar sobre a escuta a partir de duas experiências. Novos Rumos Sociológicos, v. 8, n. 13, pp. 122-153. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/NORUS/article/view/19375 Acesso em 17, maio 2023.
SILVA, N. F., ROSA, L. P., FREITAS, M. A. V., PEREIRA, M. G. 2013. Wind energy in Brazil: from the power sector's expansion crisis model to the favorable environment. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 22, pp. 686-697.
SIMAS, M., PACCA, S. 2013. Energia eólica, geração de empregos e desenvolvimento sustentável. Estud. av., São Paulo, v. 27, n. 77, p. 99-116. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142013000100008&lng=en&nrm=iso Acessado em: 11 Julho 2020.
SOUSA, C. H. P.; RIBEIRO, L. V.; TAVARES, C. M. de M. 2021. A escuta ativa no processo de ensino-aprendizagem dos acadêmicos de enfermagem. Debates em Educação, [S. l.], v. 13, n. 31, pp. 845–863. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/11647. Acesso em: 17, maio. 2023.
TRALDI, M. 2019. Acumulação por despossessão: a privatização dos ventos para a produção de energia eólica no semiárido brasileiro. 2019. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências, Campinas, São Paulo,
WILKINSON, J. Land grabbing e estrangeirização de terras no Brasil. 2017. In: MALUF, R. S.; FLEXOR G. (Org.). Questões agrárias, agrícolas e rurais. Rio de Janeiro: E papers, v. 1, pp. 12-19.
WIEDEMANN P. M. 1993. Introduction risk perception and risk communication. Jülich: Programme Group Humans; Environment, Technology (MUT), Research Centre Jülich.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O Caderno Eletrônico de Ciências Sociais detém os direitos autorais dos artigos nele publicados mediante submissão dos autores .O envio espontâneo de qualquer colaboração implica automaticamente a cessão integral dos direitos autorais ao Cadecs.