Em torno das cidades e naturezas na contemporaneidade: reflexões sobre o mundo urbano nas trilhas da bioetnodiversidade

Autores

  • Ana Luiza Carvalho da Rocha UFRGS
  • Flávio Leonel Abreu da Silveira UFPA

Resumo

A nossa intenção quando propomos este dossiê da Revista CADECS era a de promover um debate de caráter interdisciplinar sobre as problemáticas socioambientais e ecossistêmicas das/nas cidades brasileiras na contemporaneidade a partir do campo antropológico. Neste sentido, as reflexões em torno das cidades, sob a perspectiva da Antropologia Urbana e sua abertura a outras áreas do conhecimento (Velho, 2011), nos move no debate acerca dos seus enredamentos com as naturezas que nela pulsam, ou que estão presentes no seu entorno, seja pelas suas conexões com as zonas rurais e/ou pela presença de Unidades de Conservação (UCs) nos seus arredores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Luiza Carvalho da Rocha, UFRGS

Doutorado pela Universidade René Descartes, Paris V, Sorbonne, e Pós-doutorado em Antropologia sonora e visual, Universidade Denis Diderot, Paris. Professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/UFRGS, professora permanente do ProfAGUA, Mestrado profissional de regulação e gestão de recursos hídricos/Instituto de Pesquisas Hidráulicas/IPH/UFRGS e colaboradora do Programa de Pós graduação em Antropologia Social/UFRGS. Pesquisadora associada ao Núcleo Antropologia Visual/Navisual) e coordenadora de pesquisa do do Banco de Imagens e Efeitos/BIEV/UFRGS (Porto Alegre).

Flávio Leonel Abreu da Silveira, UFPA

Doutorado em Antropologia Social (UFRGS) e Pós-doutorado em Antropologia Social (UFRGS). Professor Associado IV da Universidade Federal do Pará (UFPA); Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA/UFPA). Pesquisador do CNPq.

Referências

ACSELRAD, H.; MELLO, C. C. do A.; BEZERRA, G. das N. 2009. O que é justiça ambiental? Rio de Janeiro: Garamond.

APADURAI, A. 1995. The production of locality. In Richard Fardon (ed.), Counterworks: Managing the Diversity of Knowledge. Routledge. pp. 204-225.

BALLESTERO, A. 2019. The Anthropology of Water. Annu. Rev. Anthropol. n.48, p. 405-21.

BASTIDE, Roger. 1964. Brasil terra de contrastes. São Paulo: Difusão Europeia do Livro.

BLANC, G. 2020. L'invention du colonislisme vert: Pour en finir avec le mythe de l'Éden africain. Paris: Flammarion.

BLASER, M. 2018. Uma outra cosmopolítica é possível?. Revista De Antropologia Da UFSCar, 10(2), 14–42.

BATESON, G. 1987. Natureza e Espírito: Uma Unidade Necessária Lisboa: Publicações Dom Quixote.

____________. 2000. Steps to an ecology of mind. Chicago: University of Chicago Press.

BERQUE, A. 2000. Médiance de milieux en paysage. Paris: Éditions Belin.

CARDOSO DE OLIVEIRA, R. 1985. Tempo e tradição: interpretando a antropologia. Anuário Antropológico, 1(9).

CERTEAU, M. de. 1997. A Invenção do Cotidiano. Artes de fazer. Rio de Janeiro: Vozes.

CORBIN, A. 2001. L’homme dans le paysage. Paris: Textuel.

DESCOLA, P. 2010. Diversité des natures, diversité des cultures. Bayard Éditions.

___________. 2011. L’écologie des autres. L’anthropologie et La question de La nature. Versailles: Éditions Quae.

DIEGUES, A. C. 1996. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: HUCITEC/NUPAUB.

DURAND, G. 1997. As estruturas antropológicas do imaginário. Introdução à arquetipologia geral. São Paulo: Martins Fontes.

___________. 2008. Ciência do Homem e Tradição: o novo espírito antropológico. Lisboa, Triom.

ECKERT, C.; ROCHA, A. L. C. da. 2013. Antropologia da e na cidade: interpretações sobre as formas da vida urbana. Porto Alegre: Marcavisual.

FUENTES, A. 2010. “Naturalcultural encounters in Bali: monkeys, temples, tourists, and ethnoprimatology”. Cultural Anthropology, v.4. n.25, p. 600-624.

GUATTARI, F. 1990. As três ecologias. Campinas, Papirus.

GUHA, R. 2000. O biólogo autoritário e a arrogância do anti-humanismo. In: DIEGUES, A. C. (Org.). Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: AnnaBlume/NUPAUB-USP/HUCITEC.

HANNERZ, U. 1997. Fluxos, fronteiras, híbridos: palavras-chave da antropologia transnacional. Mana, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 7-39.

HOLSTON, J. 2013. Cidadania Insurgente: disjunções da democracia e da modernidade no Brasil São Paulo: Companhia das Letras.

INGOLD, T. 2000. The Perception of the environement. Essays livelihood, dwelling and skill. Londres: Routledge.

LATOUR, B. 1994. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34.

LITTLE, P. E. 2002/2003. Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. In: Anuário Antropológico. Brasília, UnB., p. 251-290.

MAFFESOLI, M. 2017. Écosophie. Une écologie pour notre temp. Paris: Les Éditions du Cerf.

MALONE, N. ; OVENDEN, K. 2017. Natureculture. In: FUENTES, A. (Ed.) The International Encyclopedia of Primatology. John Wiley & Sons, Inc.

MATURANA, H. 1978. “Estratégias Cognitivas”. In: MORIN, E. & PIATELLI-PALMARINI, M. (eds.). A Unidade do Homem: invariantes biológicos e universais culturais, São Paulo: Cultrix/EdUSP, pp 148-172.

MAUSS, M. 1974. Sociologia e antropologia. v. 2. São Paulo: EPU/EDUSP.

MORAES FILHO, E. (ed.). 1983. Simmel. São Paulo: Ática.

MOORE, J. W. (ed.). 2016. Anthropocene or Capitalocene? Nature, History, and the Crisis of Capitalism. Oakland: Kairos Books.

PICKET et all. 2001. URBAN ECOLOGICAL SYSTEMS: Linking Terrestrial Ecological, Physical, and Socioeconomic Components of Metropolitan Areas. Annu. Rev. Ecol. Syst. 2001. 32:127–57.

ROCHA, A. L. C. da. 1995. ANTROPOLOGIA DAS FORMAS SENSÍVEIS: ENTRE O VISÍVEL E O INVISÍVEL, A FLORAÇÃO DE SÍMBOLOS. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 1, n. 2, p. 107-117.

ROCHA, A. L. C. da.; ECKERT, C. (Orgs.). 2021 Tempo e memória ambiental: etnografia da duração das paisagens citadinas. Brasília: Publicações ABA.

SANSOT, P. l979. Les formes sensibles de la vie sociale. Paris, PUF.

__________. 1983. Variations paysagères. Paris: Klincksieck.

SILVEIRA, F. L. A. da. 2005. As complexidades da noção de fronteira, algumas reflexões. Revista Pós Ciências Sociais, São Luís, v.3, n.2, p.17-38.

___________________. 2009. “A paisagem como fenômeno complexo, reflexões sobre um tema interdisciplinar”. In SILVEIRA, F. & CANCELA, C. (eds.). Paisagem e cultura: dinâmica do patrimônio e da memória na atualidade, Belém: EDUFPA, p. 71-83.

___________________. 2016. AS PAISAGENS COEXISTENCIAIS INTERESPECÍFICAS, OU SOBRE HUMANOS E NÃO-HUMANOS COMPARTILHANDO ESPAÇOS DOMÉSTICOS NUMA CIDADE AMAZÔNICA. Iluminuras, Porto Alegre, v.17, n. 1, p. 288-315.

____________________. 2020. Sobre homens, botos e peixes: dimensões poético-imaginárias de uma Ecoantropologia Urbana de coletivos humanimais no sul do Brasil. ANTHROPOLÓGICAS, Recife, v. 1, n. 31, p. 7-32.

SIMMEL, G. 1996. A FILOSOFIA DA PAISAGEM. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 12, 15–24.

__________. 1998. A Ruína. In: SOUZA, Jessé e ÖELZE, Berthold (og). Simmel e a modernidade. Brasília: UnB, p. 137-144.

SWYNGEDOUW, E. 2001. “A cidade como um híbrido: natureza, sociedade e ‘urbanização-cyborg’”. In ACSELRAD, H. (ed.). A duração das cidades. Sustentabilidade e risco nas políticas urbanas, Rio de Janeiro: DP&A p. 83-104.

TSING, A. L. 2018. “Paisagens arruinadas (e a delicada arte de coletar cogumelos)”. Cadernos do Lepaarq, v.15, n.30, p. 366-382.

TUAN, Y. F. 1980. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. Londrina: Eduel.

UEXKULL, J. V. 1933. Dos animais e dos homens. Lisboa: Edição Livros do Brasil.

VELHO, G. 2011. “Antropologia Urbana: interdisciplinaridade e fronteiras do conhecimento”. Mana, v.1, n.17, p.161-185.

VIVEIROS DE CASTRO, E. 2002. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de Antropologia. São Paulo: Cosac & Naif.

ZUKIN, S. 1987. Gentrification: Culture and Capital in the Urban Core. Annual Review of Sociology, v. 13, p. 129-147.

Downloads

Publicado

28-07-2024