A cidade aberta ao Céu Xamânico: percurso de pesquisas e práticas ritualísticas no Instituto Xamânico Céu da Ayahuasca em Marabá, Pará
DOI:
https://doi.org/10.47456/cadecs.v12i1.45356Resumo
Neste trabalho, situamos o município de Marabá, no sudeste do Pará, sua constituição histórica, social e cultural. Refletindo a relação das pessoas com os rios afluentes da cidade - Tocantins, Itacaiunas e Araguaia -, os períodos de inverno/verão amazônico e sua importância para a manutenção de práticas culturais e xamânicas. Foi realizada uma pesquisa no Instituto Xamânico Céu da Ayahuasca, dirigido por Kim Acácio e Iara Domingues, localizado às margens do rio Tocantins e inserido no Projeto de Assentamento Comunidade Boa Esperança, rastreando histórias sobre a criação do local e a relação do rio com as práticas xamânicas. Como metodologia, foi produzida uma entrevista semi-estruturada, etnografia participativa, utilizando caderno de campo e fotografias. Esboçamos a importância dos rios para a comunidade, bem como os atravessamentos xamânicos na cidade, nos rios e florestas nos rituais no/do Instituto.
Downloads
Referências
ACÁCIO, Kim. 2024. Entrevista concedida à Roberta Cruz Correia. Marabá.
ALENCAR, M. C. 2018. “Eu acho que os índios não querem mais falar na linguagem por causa do preconceito, não é professora!”: desafios na educação escolar intercultural bilíngue entre os Aikewara & Guarani-mbya no sudeste do Pará. Tese (Doutorado) (Linguística), Universidade Federal Santa Catarina, Florianópolis.
ALMEIDA, José Jonas. 2009. A cidade de Marabá sob o impacto dos projetos governamentais (1970- 2000). Fronteiras. Dourados, MS, v. 11, n. 20, p.167-188, jul-dez.
COCCIA, Emanuele. 2018. A vida das plantas: uma metafísica da mistura. Florianópolis: Cultura e Barbárie.
CORREIA, Roberta Cruz. 2022. Uma etnografia nômade: caminhando com as medicinas da floresta e ervas sagradas em Marabá-PA. Trabalho de Conclusão de Curso. Bacharelado em Ciências Sociais, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Marabá.
CHIESA, Gustavo Ruiz. 2017. À procura da vida: pensando com Gregory Bateson e Tim Ingold a respeito de uma percepção sagrada do ambiente. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 60, n. 2, p. 410-435, ago.
DOMINGUES, Iara. 2024. Entrevista concedida à Roberta Cruz Correia. Marabá.
ECKERT, Cornélia; ROCHA, Ana Luiza Carvalho. 2000. A Memória como Espaço Fantástico. Iluminuras, Porto Alegre, v. 1, n. 1.
FERNANDES, Saulo Conde. 2018. Xamanismo e neoxamanismo no circuito do consumo ritual das medicinas da floresta. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 24, n. 51, p. 289-314, maio/ago.
FIGUEIREDO, Napoleão. 1982. Todas as divindades se encontram nas “encantarias” de Belém in: Antologia do Folclore Brasileiro. Editado por Pellegrini Filho, A., pp. 109-111. São Paulo: EDART.
HÉBETTE, Jean. 2004. Cruzando a fronteira: 30 anos de estudo do campesinato na Amazônia. Belém: Edufpa.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2022. Marabá. Disponível em: [https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/maraba/panorama]. [26/04/2024].
JUNIOR, Saint-Clair Cordeiro Trindade; NUNES, Débora Aquino. 2012. (Sobre)vivências ribeirinhas na orla fluvial de Marabá, Pará: agentes, processos e espacialidades urbanas. Novos Cadernos NAEA, Belém, v. 15, n.1, 209-238, jun.
LIMA, Michel de Melo. 2013. A ribeira e a orla: espacialidades e territorialidades urbanas ribeirinhas em uma cidade amazônica em transformação. Dissertação (mestrado) (Geografia), Universidade Federal do Pará, Belém.
MENESES, Guilherme Pinho. 2018. Medicinas da floresta: conexões e conflitos cosmo-ontológicos. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 24, n. 51, p. 229-258, mai-ago.
MONTEIRO, Maurílio Abreu. 2005. Meio século de mineração industrial na Amazônia e suas implicações para o desenvolvimento regional. Estudos Avançados, São Paulo, v. 19, n. 53, p. 187-207, abr.
NEGRÃO, Lísias Nogueira. 1996. Entre a cruz e a encruzilhada: Formação do Campo Umbandista em São Paulo. São Paulo: Edusp.
RODRIGUES, Jovenildo Cardoso. 2010. Marabá: centralidade urbana de uma cidade média paraense. Dissertação (mestrado) (Planejamento do Desenvolvimento). Universidade Federal do Pará, Belém.
LAVELEYE, Didier. 2008. Distribuição e heterogeneidade no complexo cultural da “pajelança”, in Pajelanças e Religiões Africanas na Amazônia. Editado por Maués, R. H. e Villacorta, G.M. pp. 113-120. Belém: Edufpa.
LIMA, Ivan; PEREIRA, Linconly. 2022. Religiões de matrizes africanas em Marabá(PA): ações nos espaços públicos, afirmando identidade. Revista NUPEM, Campo Mourão, v. 14, n. 31, p.230-247, jan./abr.
PACHECO, Agenor. 2004. Cidade-floresta na cadência da festa: reverências a São Miguel nas margens dos “Marajós” (PA). Projeto História: Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, São Paulo, v. 28. p. 195-228, jan-jun.
PEIXOTO, Lanna Beatriz Lima; SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu. 2019. Da água, a palavra: uma reflexão sobre as relações entre cidade e cursos d’água em Salvaterra a partir da memória de seus habitantes. Ponto Urbe [Online], USP.
SILVA, Idelma Santiago da. 2006. Migração e cultura no sudeste do Pará: Marabá (1968-1988). Dissertação (Mestrado em História), Programa de Pós-Graduação em História, Uni-versidade Federal de Goiás, Goiânia.
SILVA, Idelma; SILVA, Jerônimo. 2018. Combates cosmológicos pelo direito do rio na Amazônia Oriental. Revista Territórios & Fronteiras, Cuiabá, v.11, n.2, p. 70-94, ago-dez.
SILVA, Jerônimo da. 2014. Cartografia de afetos na encantaria: narrativas de mestres na Amazônia Bragantina. Tese de doutorado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Pará, Belém.
SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu. 2016. As paisagens coexistenciais interespecíficas, ou sobre humanos e não-humanos compartilhando espaços domésticos numa cidade Amazônica. Iluminuras, Porto Alegre, v. 17, n. 42, p. 288-315.
VELHO, Gilberto. 1994. Projeto e Metamorfose: antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro: ed. Jorge Zahar.
YOSHIOKA, Reimei.1986. Avaliação da implantação de núcleo urbano na Amazônia: exemplo de Nova Maraba-Pará. Dissertação (Mestrado), Universidade de São Paulo, São Paulo.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O Caderno Eletrônico de Ciências Sociais detém os direitos autorais dos artigos nele publicados mediante submissão dos autores .O envio espontâneo de qualquer colaboração implica automaticamente a cessão integral dos direitos autorais ao Cadecs.