Literatura Caboverdiana e hibridismo: diálogos com a Literatura Modernista Brasileira e crioulização
Resumo
A produção literária em Cabo Verde, que dialogou com a realizada mais ou menos na mesma época no Brasil (década de 30 do século XX em diante) teve como elemento propulsor a discussão a respeito da identidade, tanto brasileira (existente desde o século XIX e impulsionada, principalmente, pelas ideias modernistas brasileiras predominantes Pós-Semana de 22), quanto cabo-verdiana (investigada, igualmente, desde o século XIX e substanciada a partir da década de 30, pós Revista Claridade). Identidades vislumbradas através da Língua e da Literatura, no contexto das relações étnicas estabelecidas em ambas as nações, na perspectiva de um imaginário europeu, quando expressas em termos dos seus respectivos discursos, evidenciarão a memória da língua tupi (no Brasil), expressão crioula extinta por ordem do Marquês de Maricá, e a do crioulo ainda existente em Cabo Verde.