Uns mais iguais que os outros: a materialização da lógica capitalista na relação de trabalho do judiciário
Resumo
Este artigo possui como objetivo analisar as relações de trabalho estabelecidas no Judiciário. A organização política e econômica capitalista que repercute na fundamentação de um Estado classista burguês, posiciona o Judiciário como um lugar de controle da classe trabalhadora e de defesa dos interesses da classe burguesa. Paralelamente a esse movimento, com poder de gestão e hierarquia, existe uma materialização das condições de trabalho capitalista na condução da relação magistrado/servidor dentro do Poder Judiciário. As consequências desse processo são de extrema funcionalidade ao capital a medida que intensificam o estranhamento, desmobilizam e imprimem dentro do setor público uma lógica produtivista e sectarizada, própria do setor privado.