Transformações societárias e incidências na dinâmica do consumo de psicoativos (ilícitos)
Resumo
O artigo apresentado tratará sobre as transformações ocorridas na dinâmica do consumo de substâncias psicoativas tornadas ilícitas diante das mudanças societárias promovidas, principalmente, pela ascensão do Estado enquanto força econômica no período do capitalismo monopolista. A partir dessas mudanças, têm-se o desenvolvimento e a ampliação de mecanismos de controle, de coerção e de consenso da classe trabalhadora que vão se designar, em caso específico, em políticas sociais e normativas/legislações que regulam e tratam sobre as drogas em âmbito nacional, tendo em vista as imposições internacionais reguladoras sobre a questão das drogas. É nos anos 1970, durante a crise estrutural do capital, que se fortificam os mecanismos institucionais jurídico-legais e socioculturais que tratam de controlar a produção, distribuição e consumo de psicoativos, traçando a nível mundial a consolidação da ideologia proibicionista às drogas na contemporaneidade. Com isso, buscou-se identificar as transformações na prática social do consumo de drogas intentando aproximação histórico-crítica do consumo de substâncias psicoativas no horizonte do Serviço Social.