Assistente Social e os desafios do Exercício Profissional durante a COVID-19
Resumo
INTRODUÇÃO
O estudo foi baseado em uma pesquisa qualitativa e descritiva com base em revisão bibliográfica realizada através de plataforma digital de coleta de dados:Google Acadêmico, Scielo e o Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, perfazendo um total de 30 artigos. Com o objetivo de descrever as principais atividades desenvolvidas no cotidiano profissional da/o assistente social, no período de Pandemia no Brasil (2020 e 2021) tendo como base de tratamento dos dados uma análise de conteúdo.
O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA/O ASSISTENTE SOCIAL DURANTE A PANDEMIA COVID-19
A pandemia da doença COVID-19, desde 2020, teve grande capacidade de transmissão e alto índice de mortalidade. A principal medida de prevenção adotada no início da Pandemia foi o isolamento social, que trouxe mudanças na rotina da sociedade como um todo. Em meio a essa crise sanitária sem precedentes nas últimas décadas, aliada a crescente ascendência de casos positivos e óbitos, as/os assistentes sociais, são chamados a permanecerem em seus postos de trabalho para informar, dar suporte e direcionar a população usuária de diversos serviços (PEREIRA; CRONEMBERGER, 2020). Dos 30 artigos analisados, foi realizado um ranqueamento das atividades mais exercidas durante o período de 2020 e 2021: em 1º lugar com a ocorrência de 15 vezes “os atendimentos de forma remota ou a distância devido ao vírus da COVID – 19”. Cabe ressaltar que muitas/os profissionais em diversos campos permaneceram nas instituições realizando atendimento presencial. Em 2º lugar, foram contabilizados 10 vezes “as orientações à população/equipe ou socialização de informações acerca de diversos assuntos”. Em 3º, são citados 8 vezes “os encaminhamentos, que levam a uma tentativa de articulação das redes para que fossem garantidos os direitos previstos”. Em 4º, são citados 7 vezes “a concessão de benefícios socioassistenciais ou requerimento de auxílios”, sendo mais predominantes na área da assistência e educação. E, por último aparece com 02 vezes “a organização de prontuários/ficha do usuário” e com apenas uma citação “as atividades de planejamento das tarefas”, necessárias devido às alterações sofridas com a Pandemia.
BREVES CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pandemia que se alastrou pelo Brasil e pelo mundo trouxe consigo maiores evidências das desigualdades sociais, em um contexto de crise estrutural, civilizatória e sanitária, tempos adversos de ultraneoliberalismo na direção do Estado com fragilização e do subfinanciamento das políticas sociais. Tempos sombrios em que se fazem necessárias reflexões e reinvenções no contexto da atuação profissional, em destaque dos assistentes sociais e suas particularidades. No âmbito do Serviço Social, acende um alerta para o fato de que, individualmente, não é possível transformar a realidade social, posto que não seja como sujeito solitário que o assistente social irá conseguir atender a tantas demandas postas no cotidiano. Por isso é fundamental o sujeito coletivo e a superação da perspectiva do fazer profissional solitário. "Todos somos trabalhadores, lutamos por causas comuns e das diferenças de nossas profissões é que devem brotar as possibilidades" (MARTINELLI, 1998; p.150).
REFERÊNCIAS
PEREIRA, S. L.B; CRONEMBERGER, I.H.G.M.(Orgs). Serviço Social em Tempos de Pandemia: Provocações ao Debate. Teresina: EDUFPI, 2020.
MARTINELLI. M.L. Uma abordagem socioeducacional. In: MARTINELLI, M.L.;
RODRIGUES, M.; MUCHAIL, S.T.(Orgs.). O uno e o múltiplo nas relações entre as áreas do saber. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998. p. 139-151.