Familismo, sexismo e racialização do cuidado de pessoas idosas
Resumo
O presente artigo discute a centralidade da mulher nas relações de cuidado de pessoas idosas, destacando o sexismo e o racismo. Foi realizado uma pesquisa analítica bibliográfica, a partir da base teórica do materialismo histórico-dialético. Como resultados e conclusões tem-se que o familismo presente nas políticas sociais brasileiras acrescido da não responsabilização do Estado leva à sobrecarrega familiar. A partir do momento em que as políticas sociais não são eficazes, fica em aberto uma lacuna social, na qual as pessoas idosas e aquelas que precisam de algum tipo de apoio/cuidado se encontram. Desta forma, responsabiliza-se a família, principalmente as mulheres, em função da compreensão social de que cabe a elas o trabalho doméstico e o de cuidar, em suas mais diversas esferas.