As fronteiras que promovem a exploração da força de trabalho imigrante
Resumo
A partir da experiência das trabalhadoras imigrantes da costura em São Paulo, o artigo analisa a configuração particular da produção nas oficinas de costura que produz e reproduz situações de extrema vulnerabilidade social e de necessidade absoluta de trabalho. Esse processo se dá ancorado principalmente na negação do acesso a direitos e serviços públicos e pela divisão sexual do trabalho que toma forma no domicílio (que é também local de trabalho). Com isso, trazemos elementos para refletir como a opressão de gênero e o racismo também estruturam a produção e reprodução dessa força de trabalho paradigmática da “flexibilidade” do trabalho e superexplorada, em um segmento produtivo basilar de uma das indústrias mais globalizadas do capitalismo contemporâneo.