As fronteiras que promovem a exploração da força de trabalho imigrante

Autores

  • Patrícia Rocha Lemos

Resumo

A partir da experiência das trabalhadoras imigrantes da costura em São Paulo, o artigo analisa a configuração particular da produção nas oficinas de costura que produz e reproduz situações de extrema vulnerabilidade social e de necessidade absoluta de trabalho. Esse processo se dá ancorado principalmente na negação do acesso a direitos e serviços públicos e pela divisão sexual do trabalho que toma forma no domicílio (que é também local de trabalho). Com isso, trazemos elementos para refletir como a opressão de gênero e o racismo também estruturam a produção e reprodução dessa força de trabalho paradigmática da “flexibilidade” do trabalho e superexplorada, em um segmento produtivo basilar de uma das indústrias mais globalizadas do capitalismo contemporâneo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Patrícia Rocha Lemos

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutoranda do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT) do Instituto de Economia da Universidade Estatual de Campinas.

Publicado

13-06-2023

Edição

Seção

Comunicações Orais - Mundo do trabalho