Justiça Reprodutiva e Serviço Social: uma análise interseccional
Abstract
Fomentado pelo movimento feminista negro nos Estados Unidos, o debate sobre Justiça Reprodutiva chega ao Brasil na década de 1990. As lutas feministas e os movimentos de mulheres negras englobam estudos e discussões sobre racismo, violência de gênero, controle de corpos e direitos sexuais e reprodutivos que possuem pontos de convergência em razão das experiências vividas pelas mulheres negras. Nesse campo teórico e práticas, as intersecções ultrapassam barreiras transnacionais e históricas. O presente trabalho busca analisar interseccionalmente a trajetória da construção da noção de Justiça Reprodutiva e seus rebatimentos no Serviço Social brasileiro, considerando que esta terminologia e suas expressões é pouco abordada no processo formativo da profissão.