O fanatismo religioso como a “única ‘força de vontade’ dos fracos e inseguros” (GC 347). Reflexões sobre o fundamentalismo a partir da morte de Deus.

Autores

  • Joao Paulo Simoes Vilas Boas Universidade Federal do Tocantins - UFT

Resumo

Este artigo pretende apresentar as linhas gerais de uma hipótese investigativa sobre o fundamentalismo contemporâneo que parte das reflexões de Friedrich Nietzsche sobre o niilismo com o objetivo de esclarecer como seria possível compreender que a emergência e a consolidação de diferentes modalidades de fundamentalismos religiosos ao longo das últimas décadas são reações tardias originadas do aprofundamento da crise de valores iniciada na segunda metade do século XIX e enfrentada pela civilização ocidental até os dias atuais. A argumentação tomará por base a interpretação de alguns aforismos da obra A Gaia Ciência, explicitando o sentido da expressão “Deus está morto” e mostrando as profundas imbricações entre o niilismo, a vontade de verdade e o fanatismo. Em seguida, procederemos a uma caracterização dos fundamentalismos como diferentes conjuntos de discursos e práticas reativas que tencionam enfrentar o niilismo por meio da recuperação de certas verdades e valores considerados sagrados.

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Biografia do Autor

Joao Paulo Simoes Vilas Boas, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Doutor em filosofia pela Unicamp (2016). Professor adjunto do curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Federal do Tocantins e docente do programa de mestrado profissional em filosofia (PROF-FILO), núcleo UFT. Desenvolvo pesquisa sobre os temas: ética e política em Friedrich Nietzsche; fundamentalismo religioso.

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Publicado

23-11-2017

Edição

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Artigos