Amor-Ódio e Guerra: Perfeccionismo e Autossuperação em Assim Falou Zaratustra
Resumo
Este artigo investiga a ideia de autossuperação (Selbst-Überwindung, sich überwinden) em Assim falou Zaratustra e sua relação com o perfeccionismo emersoniano de Nietzsche em Schopenhauer como Educador. É um estudo de conceito focado em passagens-chave sobre o tema da autossuperação em Zaratustra e questões afins – com especial destaque para a questão de como conciliar a demanda por uma atitude de afirmação ilimitada com a demanda por uma crítica global no projeto de transvaloração crítica de Nietzsche. A tese é que a resposta de Zaratustra depende de seus destinatários: no que diz respeito à ralé, à gentalha ou Gesindel, ele defende um limite na negação sob o signo da brandura (Milde); no que diz respeito àqueles que estão engajados na autossuperação, ele defende uma negação limitada que assume a forma da relação amor-ódio. Conexões com o perfeccionismo de Schopenhauer como Educador são estabelecidas ao longo do artigo, que conclui com algumas reflexões sobre a relação entre o tema da autossuperação em Zaratustra e o perfeccionismo extemporâneo de Nietzsche.
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