Para não figurarmos como produtos de fábrica

Schopenhauer, Nietzsche e as noções de “caráter adquirido” e de “tornar-se o que se é”

Autores

  • Vilmar Debona UFRRJ

Resumo

No presente artigo procuro analisar a hipótese segundo a qual, não obstante as significativas diferenças de horizontes entre Schopenhauer e Nietzsche quando estes tratam da questão da busca por um “si mesmo”, as suas noções de caráter adquirido e de tornar-se o que se é podem serconsideradas duas expressões similares para uma abordagem da autenticidade.A partir da definição schopenhaueriana de caráter adquirido e de passagens da Terceira Extemporânea e de Ecce Homo, argumento quetal similaridade pode ser mais produtiva caso a consideremos a partirdo que indico como possíveis definições negativas do caráter adquiridoe do tornar-se o que se é. Ou seja, não a partir do que teríamos comoconteúdo positivo de um caráter “adquirido” e do “que se é” comoresultado de um “tornar-se”, mas a partir daquilo em relação a queambos os pensadores indicam que precisamos nos desgarrar em vistade tornarmo-nos “nós mesmos”.

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Biografia do Autor

Vilmar Debona, UFRRJ

Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), professor adjunto de Filosofia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

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Publicado

05-03-2023

Edição

Seção

Artigos