A superação do ressentimento na filosofia de Nietzsche

Autores

  • Antonio Edmilson Paschoal PUC-PR

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar algumas possibilidades que permi¬tem ao indivíduo colocar-se para além do ressentimento. Não se trata de pressupor que existiria um estado normal de saúde ou que seria possível ao homem viver sem experimentar a interiorização de sentimentos como o rancor e o ódio decorrentes de vivências desagradáveis. Antes, partindo da premissa de que não existe uma saída final e definitiva para o problema do ressentimento, uma vez que ele é um problema inerente ao processo de sociabilização do homem, esta análise considera possibilidades de um enfrentamento do problema de tal forma que o ressentimento não se torne o elemento determinante das ações do homem. Para tanto considera: a necessidade de um fortalecimento fisiológico como a primeira condição para se resistir ao ressentimento; algumas regras de etiqueta bem como uma espécie de higiene necessária para enfrentar o problema e; por fim, alguns aspectos de um tipo de homem que pode ser tomado como um caso peculiar de se colocar para além do ressentimento, o tipo Jesus, especialmente no modo como é apresentado por Nietzsche em O Anticristo.

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Biografia do Autor

Antonio Edmilson Paschoal, PUC-PR

Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pro-fessor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e pesquisador do CNPq,

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Publicado

06-03-2023

Edição

Seção

Artigos