Nietzsche e os marcos críticos do feminismo

Verdade, emancipação e esclarecimento “da mulher”

Autores

  • Fernando Machado Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.47456/en.v15i1.41508

Palavras-chave:

Nietzsche, Feminismo, Verdade, Emancipação, Esclarecimento

Resumo

Objetivamos realizar uma leitura interpretativa da crítica nietzscheana ao feminismo emancipatório, sob a égide do “esclarecimento sobre si...” da mulher, a partir de uma análise imanente dos aforismos 231–239 de Além do bem e do mal. Nossa hipótese é que tal crítica se radicaliza quando dirigida ao feminismo de primeira onda que, de acordo com Nietzsche, erra grosseiramente ao edificar seu ideário segundo as concepções de verdade, emancipação e esclarecimento iluministas. Balizados pelas considerações desenvolvidas pelo filósofo, entendemos que tal adesão feminista aos preceitos iluministas tem por condicionante o acolhimento passivo do modo de ser científico do homem. Assim sendo, na primeira parte do artigo trataremos do tema da verdade e do conhecimento em cotejo ao problema da mulher. Na segunda parte do texto, mostraremos que tal crença na verdade, emancipação e esclarecimento “da mulher”, eventualmente, não só permeia a ideologia feminista de primeira onda, mas a comporta, refletindo certa alheação “de si” da mulher face a um “em si” factível do homem. Em nossa conclusão, traremos à baila as noções de corpo e de natureza feminina que suscitam uma saída teórica para o problema da mulher “em si”. Por sua vez, tal solução é concebida com base no que deveria ser a nova agenda feminista de acordo com o pensador, a saber: a elaboração de si (da mulher) a partir de suas próprias potencialidades estéticas.

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Biografia do Autor

Fernando Machado, Universidade Federal de Goiás

Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás

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Publicado

08-08-2024

Edição

Seção

Artigos