O Ecce Homo como linguagem ao infinito
Um escrito para ser escutado com os olhos
DOI:
https://doi.org/10.47456/en.v14i2.43709Palavras-chave:
Imaterial-discurso, Autor, Linguagem, NarrativaResumo
Neste artigo, apresentaremos a narrativa de Ecce Homo como suspensão da morte através da palavra, mediante o resgate do sentido das narrativas para os gregos da antiguidade. Aplicaremos ao livro de Nietzsche a leitura de Foucault em “A linguagem ao infinito”, mostrando que nele, Nietzsche escreve um ensaio para, em todos os tempos, ser escutado com os olhos, atingindo por meio dos escritos a imortalidade enquanto ligada ao nome do autor e desligada do eu.
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