https://periodicos.ufes.br/farol/issue/feedRevista Farol2024-02-20T11:49:48-03:00Angela Grandoangelagrando@yahoo.com.brOpen Journal Systems<p>A Revista Farol é uma publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Arte da Universidade Federal do Espírito Santo. Como periódico da área de Artes, esta revista apresenta-se como um espaço complementar de disseminação da produção teórica sobre arte moderna e contemporânea, História da Arte e pesquisas relacionadas a esses campos.</p>https://periodicos.ufes.br/farol/article/view/42933A Educação-rizoma como potência de vida2023-11-16T19:41:45-03:00Cláudio Renato Zapalá Rabelo<p>Uma educação-rizoma parte dos recortes e inspirações das perspectivas de Deleuze, Guattari, Certeau, Foucault, Derridà, Freire, Didi-Huberman e tantos outros intercessores teóricos que nos ajudam a ressignificar as artes, a comunicação e a educação em contextos transdisciplinares, críticos e políticos. A partir do método de pesquisa com os cotidianos, nosso objetivo consiste na busca de protagonismo, criatividade e inovação na apropriação midiática, como formas de resistência e criação de pedagogias em redes.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Cláudio Renato Zapalá Rabelohttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/42917A animação digital como dispositivo de captação imagética2023-11-15T13:05:49-03:00Natacha de SouzaDavid Ruiz Torres<p>O documentário animado, uma forma de cinema que utiliza recursos de animação digital para contar histórias íntimas e envolventes, tem ganhado destaque em festivais de cinema e se destacado em premiações. Obras como Flee (2021) de Jonas Rasmussen e Valsa com Bashir (2008) de Ari Folman exemplificam essa tendência recente, explorando histórias pessoais e eventos marcantes por meio da animação. Esses filmes são apenas alguns exemplos de como o documentário animado está redefinindo o cenário audiovisual contemporâneo, misturando duas linguagens que até então pareciam que não se comunicavam muito bem e estimulando reflexões sobre os conceitos de documentário e animação em relação à representação do real.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Natacha de Souza, David Ruiz Torreshttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/38844Hominidae2022-08-11T22:39:43-03:00Yara Paula MartinsLuis Eduardo dos Santos BordaBeatriz Basile da Silva Rauscher<p>Este texto toma o trabalho <em>Hominidae</em> (2009), de Ricardo Alvarenga, para refletir sobre sua contribuição, nas relações estabelecidas entre arte e cidade, e no projeto Arte Móvel Urbana da Secretaria de Cultura da cidade de Uberlândia MG. A iniciativa rompeu com os espaços expositivos tradicionais e incentivou artistas a utilizarem a cidade como matéria e cenário para suas criações. O artigo é fruto de pesquisa que observou as reverberações desse projeto como um processo de expansão do campo da arte na cidade, incentivando e promovendo produções artísticas contemporâneas em espaços urbanos, que contribuíram para a construção de debates sobre o modo de vivenciar a cidade. </p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Yara Paula Martins, Luis Eduardo dos Santos Borda, Beatriz Basile da Silva Rauscherhttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/40157Modernismo no Brasil:2023-02-15T08:24:15-03:00Patricia Martins Santos Freitas<p><span style="font-weight: 400;">O objetivo deste artigo é debater a importância da arte mural para a revisão do cânone historiográfico a respeito do modernismo em São Paulo. Tratando dos aspectos de produção e circulação desta produção, propõe-se uma análise que enfoque as relações entre o crescimento urbano-industrial de São Paulo e a produção mural; a circulação desta produção em períodicos da época e as estratégias envolvidas na fatura dos painéis. A partir destes eixos, intenta-se propor novos parâmetros para a análise do desenvolvimento do modernismo no Brasil, substituindo a já consolidada matriz identitária pela ideia de uma experiência de modernidade.</span></p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Patricia Martinshttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/30923Sobre a experiência estética nas redes sociais2020-07-13T13:54:46-03:00Barbara Ribeiro Malacarne PaivaGuilherme Wandermurem Martins<p><span style="font-weight: 400;">Esta pesquisa aborda questões epistemológicas ligadas à experiência, em especial àquelas vinculadas à circulação da arte no contexto das mídias sociais. Baseados sobretudo nos estudos de Jorge Larrosa sobre o conceito de experiência, refletimos sobre as suas possíveis consequências na circulação de obras artísticas no território das mídias sociais. Como resultado, ressaltamos a dificuldade, ou mesmo a frequente impossibilidade, da realização de uma experiência estética no universo das redes sociais mais acessadas.</span></p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Guilherme Wandermurem Martins, Barbara Ribeiro Malacarne Paiva, Alexandre Siqueira de Freitashttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/42942Desdobramento2023-11-17T16:09:08-03:00Fabiana Pedroni<p>Este texto realizada uma defesa do princípio de desdobramento entre pesquisas teóricas e pesquisas poéticas como parte dos processos de construção de pertencimento. Nesse sentido, estabeleço relações entre ideias de Boaventura de Souza Santos, Ailton Krenak e Daniel Munduruku e o sentido de habitar heideggeriano. Inicialmente, narro processos teórico-poéticos que apontam para a necessidade construtiva, atrelada ao coditiano, e da criação de memórias como fundamental para habitar o mundo. A partir dessas experiências teórico-poéticas, aponto para a urgência do pertencimento como reação à crise permanente, sublinhada pelo caos climático e pela pandemia de COVID-19.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Fabiana Pedronihttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/42930Fantástico, surreal e monstruoso em Zdzislaw Beksinski2023-11-16T16:41:51-03:00Rodrigo Hipólito<p>Este texto trabalha com as possibilidades interpretativas, desenvolvimento no processo poético e motivações para a grande circulação das obras do artista polonês Zdzislaw Beksinski no cenário pós-internet. Especificamente, tratamos de obras do seu chamado “período fantástico”. Através da descrição detalhada de algumas de suas pinturas e da comparação com análises já realizadas sobre seus trabalhos, apontamos características de sua figuração presentes em seus esboços e desenhos, o uso de elementos do imaginário da Guerra Fria e possíveis referências dentro do cenário polonês e do surrealismo.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rodrigo Hipólitohttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43538Haverá condomínios no espaço de dados?2024-01-18T11:45:41-03:00Bill Viola<p>Pioneiro no campo da videoarte, Bill Viola é um artista seminal na compreensão das questões relativas a este meio, tanto no seu percurso histórico como na sua atualidade. Ao longo dos anos, procurou vincular as noções de mídia como meio, destacando que os canais de vídeo também são canais de transmissão de informações equivalentes às transduções energéticas das incorporações xamânicas. Em Haverá condomínios no espaço de dados?, publicado inicialmente em 1982, Viola explora o passado e o futuro das questões relacionadas à memória, tanto mental quanto artificial, buscando compreender suas trajetórias e futuro. Com seu pensamento erudito e visão anacrônica, Viola faz referências a diversos autores, como Ananda K. Coomaraswamy, Tomás de Aquino, Giordano Bruno, Giulio Camilo, Jacobos Publicius, Nikola Tesla, etc. Mosteiros budistas tibetanos e suas interações com os sábios monges de Ladakh que, com uma mentalidade cíclica, desenvolvem sofisticadas mandalas de areia colorida. Além disso, relata uma experiência que teve em sua viagem ao Japão, em 1981, onde conheceu os itako, xamãs cegos dotados de conhecimentos mediúnicos, capazes de acessar informações e dados antes e além desta época, comunicando-se com os mortos. Viola destaca que, nesse período, essa experiência o fez rever suas concepções sobre as corporações e seus dispositivos, incluindo câmeras, televisores e fitas magnéticas de vídeo que, até então, considerava muito à frente no desenvolvimento das tecnologias de comunicação. Em suma, para o autor, os avanços tecnológicos no armazenamento coletivo no espaço eletrônico de dados — analógicos na época e atualmente digitais — têm uma relação profunda com o conhecimento ancestral, a memória humana, os processos de pensamento e as estruturas conceituais do cérebro.<br /><br /></p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bill Violahttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43539Cólera das imagens2024-01-18T12:08:26-03:00André ArçariBruno Zorzal<p>Reconhecemos que uma imagem nunca é única, mas sempre múltipla, e seus significados só se desvelam na cadeia de relações a que faz parte a partir de visões criteriosas. Nas artes das imagens em movimento, podemos citar a multiplicidade dos campos do cinema e do vídeo. Em sua aurora, o cinema analógico, como sabemos, constituía movimento por ilusão, através de uma sucessão de fotogramas encadeados um ao lado do outro, ou acima e abaixo, se olharmos a película de celulóide na vertical, para então sugerir o deslocamento dos corpos e dos elementos constitutivos das cenas. Diante disso, o ver fotográfico e fílmico modularam-se numa relação de captação e montagem. Quer seja por captar imagens e posteriormente montá-las em sucessivos planos ou desmontar imagens pré-existentes para posteriormente as remontar com a intenção de dá-las uma nova vitalidade, um novo corpo a pertencer.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 André Arçari, Bruno Zorzalhttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43540Circuitos fechados de televisão2024-01-18T12:15:44-03:00André Arçari<p>O ensaio busca analisar, a partir dos primórdios da videoarte em idos de 1970, a constituição das imagens geradas por <em>CCTV - Closed-Circuit Television</em> (CFTV-Circuito Fechado de Televisão) como constituintes das obras <em>Live-Taped Video Corridor</em> (1970) e <em>Four Corner Piece</em> (1971) de Bruce Nauman, bem como na videoinstalação <em>Observation of observation: indeterminacy</em> (1973) de Peter Weibel. Busca-se pensar o processo da formação da imagem por esses aparelhos e suas implicações como dispositivos de bloqueio real/virtual da insegurança e do medo, advindos de uma indústria consolidada a qual supomos existir, construídos social e culturalmente. Em diálogo com os artistas, o ensaio retoma um texto de Rosalind Krauss sobre video e narcisismo (1976) e os conceitos de <em>sociedade disciplinar</em> de Michel Foucault e <em>sociedade de controle</em> de Gilles Deleuze, para pensar nesse aparato gerador de imagens no campo da arte, que se diferencia de sua habitual utilização nos espaços públicos e privados como ferramenta de proteção e segurança.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rodrigo Hipólito; André Arçarihttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43541Est modus in rebus2024-01-18T12:23:02-03:00Lincoln Dias<p>O artigo descreve a gênese simultânea de si mesmo e das fotografias que são o seu objeto. Surgidos como exercício poético integrado, fotos e texto formaram-se mutuamente, por meio de agregações e revisões. O texto discute as fotografias e a si mesmo ao modo de uma abordagem fenomenológica, com aceno à possibilidade de uma dimensão política da imagem sem a representação explícita de temas políticos.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lincoln Diashttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43542Olhares de Controle2024-01-18T12:33:19-03:00Harun Farocki<p>O presente ensaio de Harun Farocki, escrito em 1999, apresenta parte da pesquisa desenvolvida para seu filme subsequente Imagens da Prisão [Gefängnisbilder, 2000]. Centrado em uma investigação sobre prisões americanas, o autor analisa o conteúdo e a lógica das imagens em movimento circunscritas no e sobre o universo prisional. Entre filmes instrutivos destinados a guardas, imagens das câmeras de circuito fechado de televisão (CFTV), filmes ficcionais e documentais que se passam em prisões, o lugar da imagética carcerária é vista sobre lentes críticas.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Harun Farocki; André Arçarihttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43546Sob a fumaça2024-01-19T05:48:59-03:00Bruno Zorzal<p>Sob a Fumaça reúne um conjunto de palavras arranjadas como um poema em fluxo de consciência, juntamente com uma sequência de imagens refotografadas a partir de telas, onde vemos diferentes volumes de fumaças causadas por bombas de gás em manifestações e protestos. Destaca-se, nesse sentido, o espaço público como lugar de negociação.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bruno Zorzalhttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43547Movendo espaços com Anna Bella Geiger2024-01-19T05:58:51-03:00Gabriela de Laurentiis<p>O ensaio traz modos de criar de Anna Bella Geiger (Rio de Janeiro, 1933), focando problemas relativos à produção de espaços em sentidos ampliados. Apresento como Geiger articula uma crítica aos modos de produção de corpos e de territórios, realçando seu local de ação, enquanto artista trabalhando no Sul Global. Em suas <em>passagens </em>entre práticas artísticas modernas e contemporâneas, Anna Bella Geiger realiza obras em conversação com uma crítica acurada aos modelos de feminilidade estanques, por meio dos quais as mulheres são, historicamente, retiradas do imaginário da criação artística. Do mesmo modo, problematizam espacialidades em camadas múltiplas, tensionando polaridades binárias, tais quais público/privado, superior/inferior.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Gabriela de Laurentisshttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43548Fricções Internas & Guerra De Atrito. The Taste of War2024-01-19T06:11:06-03:00Bernard Kœst<p>No presente ensaio, o autor francês Bernard Kœst analisa seu próprio arquivo de imagens, atravessando as noções de fricção e guerra, para então cruzar as problemáticas presentes em sua produção artística com as notícias dos conflitos modernos apresentadas na TV. Seu depoimento subjetivo mostra-nos um testemunho de alguém que não esteve no front de batalha, mas que atua como um arqueólogo, escavando sentidos entre sua história familiar e pessoal com àquelas coletivas, numeralizadas e generalizadas, que por sua vez são comumente exibidas em coberturas jornalísticas. Em especial, Kœst debruça-se sobre sua obra Taste of War, adicionando em sua reflexão escrita, foto-grafias de soldados e vítimas feitas frente ao dispositivo televisivo.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bernard Kœst; Paulo César Marques Holandahttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43549Pensar uma imagem-guerra2024-01-19T06:21:07-03:00Mariana Teixeira Elias<p>Este artigo analisa o uso da imagem por artistas como Rabih Mroué, Harun Farocki e Tania Bruguera, destacando seu papel em documentar a realidade, comunicar mensagens e atuar como uma forma de resistência. Investigamos como suas abordagens contribuem para o engajamento e a interpretação de conflitos, formando o conceito que denominamos como “imagem-guerra”, inspirado nas ideias de Paul Virilio, discutidas no livro Guerra e Cinema. O artigo ressalta a relevância da imagem nas esferas visual, social e política contemporâneas.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Mariana Teixeira Eliashttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43550A imagem da bomba2024-01-19T06:30:18-03:00Lucas Murari<p>O presente artigo busca investigar a produção imagética que envolve a bomba atômica, em especial sua primeira detonação, a Experiência Trinity. Foi realizada como teste em solo dos Estados Unidos, poucas semanas antes dos bombardeios em Hiroshima e Nagasaki. Trata-se de um estudo que também almeja analisar a forma como o experimento foi comunicado pelo governo do país, bem como sua recepção frente à população.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lucas Murarihttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43551Notas sobre Imagens do Mundo e Inscrição da Guerra2024-01-19T06:40:07-03:00André ArçariTadeu Capistrano<p>Este ensaio reúne notas escritas que precedem frames de Imagens do Mundo e Inscrição da guerra, filme de Harun Farocki, a quem prestamos homenagem. Os excertos operam como reflexões que atravessam a visualidade fílmica. Entretanto, não se trata de revelar as imagens através de palavras, mas de escavar algumas camadas de sentido pela escrita. Assim, esse texto, de forma fragmentada, em diálogo com a própria estratégia metodológica do cineasta alemão, não revela, mas propõe desvelar, como um conjunto de cartas de um baralho postas a mesa, algumas imagens que reverberam no presente.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 André Arçari, Tadeu Capistranohttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43552Haverá condomínios no espaço de dados?2024-01-19T06:51:15-03:00Bill Viola<p>Pioneiro no campo da videoarte, Bill Viola é um artista seminal para a compreensão das questões relacionadas a esse meio, tanto em seu decurso histórico quanto em sua atualidade. Ao longo dos anos, ele buscou vincular as noções de media como médium, destacando que os canais de vídeo são também canais de transmissão de informações equivalentes as transduções energéticas das incorporações xamânicas. Em Haverá Condomínios no Espaço de Dados?, publicado inicialmente em 1982, Viola explora o passado e o futuro das questões relacionadas à memória, tanto mental quanto artificial, buscando compreender suas trajetórias e seu porvir. Com seu pensamento erudito e visão anacrônica, Viola faz referências a diversos autores, como Ananda K. Coomaraswamy, Tomás de Aquino, Giordano Bruno, Giulio Camilo, Jacobos Publicius, Nikola Tesla, etc. Ele também compartilha experiências pessoais, como sua vivência em monastérios budistas tibetanos e suas interações com os sábios monges de Ladakh que, dotados de uma mentalidade cíclica, desenvolvem sofisticadas mandalas de areia colorida. Além disto, relata uma experiência vivida em sua viagem ao Japão, em 1981, onde conheceu as itako, xamãs cegas providas de conhecimentos mediúnicos, capazes de acessar informações e dados aquém e além deste tempo, comunicando-se com os mortos. Viola pontua que, no período, essa experiência o fez rever suas concepções sobre as corporações e seus dispositivos, incluindo câmeras, televisores e fitas de vídeo de banda magnética que, até então, ele considerava estar muito à frente no desenvolvimento de tecnologias de comunicação. Em suma, para o autor, os avanços tecnológicos de armazenamento coletivo em espaço de dados eletrônico — analógico na época e atualmente digital — têm uma profunda relação com os saberes ancestrais, a memória humana, processos de pensamento e estruturas conceituais no cérebro.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bill Viola; André Arçarihttps://periodicos.ufes.br/farol/article/view/43751Apresentação2024-02-19T12:57:09-03:00Editores<p>Seja bem-vindo à edição 29 da Farol. Com a seção temática intitulada “Cólera das imagens: controle, resistência, guerra”, este dossiê desenvolve, no campo que, não sem equívocos, se designa por Contemporaneidade, nove trabalhos que colocam face a face, entre artigos e ensaios textuais e visuais, o domínio aberto pelo tecnológico e o retorno incessante do arcaico, precisamente pelo fato de terem sido instaurados, um e outro, pela irrupção do novo tempo das imagens: este nosso tempo. Com visões aguçadas e diversas, tais trabalhos nos proporcionam uma leitura aprofundada sobre as interconexões entre as obras, tendências emergentes e os desafios enfrentados para pensar a produção e a presença de imagens na fotografia, vídeo e cinema. A partir da produção do cineasta Harun Farocki, adentramos os debates sobre os dispositivos que dirigem as imagens de nosso mundo em constante conflito.</p>2024-02-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Editores