O cu é sujo, mas é de Deus: o sagrado e o profano em Bundo e outros poemas de Waldo Motta

Autores

  • Rodrigo Brito de Oliveira

Resumo

Esta pesquisa investiga a poética de Waldo Motta, poeta brasileiro contemporâneo, cuja obra poética se demonstra obscena frente às hegemonias atuais, criticando-as por meio do deboche. Em Bundo e outros poemas (1996), Motta aproxima elementos contrários como a figura de Deus e a imagem do “cu”. O poeta lida com símbolos obscenos e polissêmicos em seu projeto poético, assumindo implicações éticas acerca de como se relaciona com o mundo, contestando padrões de comportamento. A partir do pensamento de Georges Bataille, a poesia de Motta pode ser considerada como um projeto cujo objetivo se traduziria na busca pelo êxtase, seja ele místico ou carnal, alcançado por meio da sexualidade vivida em sua plenitude. O resultado dessa investigação nos leva a crer que a poesia waldiana se elabora na relação dialética entre a noção de sagrado e de profano, propondo uma crítica à realidade coercitiva e a libertação do sujeito.

PALAVRAS-CHAVE: Poesia brasileira contemporânea – Waldo Motta. Waldo Motta – poética. Bundo e Outros Poemas – Waldo Motta. Sagrado e profano – Tema literário.

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Publicado

25-07-2024

Edição

Seção

Portfólio (Artigos)