MEMÓRIA ANCESTRAL: A COMUNICAÇÃO DO CORPO INCORPORADO POR ENTIDADES DA UMBANDA

Autores

  • Maurílio Mendonça de Avellar Gomes Universidade Federal do Espírito Santo
  • Erly Vieira Jr. Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

Corpo, Performance, Umbanda, Ancestralidade, Gênero

Resumo

Este artigo traz um recorte das discussões teóricas e metodológicas apresentadas na qualificação da dissertação “Arreda homem que aí vem mulher: a comunicação na encruzilhada entre gênero e memória nas performances ancestrais de entidades da Umbanda”, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades, da Ufes. A pesquisa se propõe a estudar questões de corpo e performance, encruzilhadas a gênero e sexualidade, a partir de um olhar sobre a ancestralidade, tendo como objeto principal a experiência da incorporação de entidades ancestrais na Umbanda, em especial quando ocorre a “coexistência” de gêneros, com homens incorporando entidades que se manifestam com movimentos lidos socialmente como femininos. Para tal, defendemos a realização de entrevistas abertas semiestruturadas, para buscar junto aos umbandistas o que fica armazenado e registrado em seus corpos após esses fenômenos; além de analisar imagens de vídeos no YouTube que contribuam para a criação de categorias para melhor compreender as mensagens que esses corpos transmitem, com gestos e movimentos.

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Biografia do Autor

Maurílio Mendonça de Avellar Gomes, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestrando do curso de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades 

Erly Vieira Jr., Universidade Federal do Espírito Santo

Professor orientador - Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades da Universidade Federal do Espírito Santo (Póscom/UFES).

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Publicado

17-03-2022