Sampler: reciclagem sonora e cultural do hip-hop capixaba

Autores

  • Luiz Eduardo Neves Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

Hip-Hop; polifonia; reterritorialização; hibridismo; sampler

Resumo

A apropriação de trechos de outras músicas no rap por meio do sampler pode representar uma homenagem aos artistas que influenciam os seus produtores, significando a busca pelas suas origens diaspóricas. De que forma o enunciado de diversos ritmos e nacionalidades conversam entre si afim de construir um novo produto cultural? Por meio de pesquisa bibliográfica e utilizando o método hipotéticodedutivo se pretende refletir sobre a prática das colagens sonoras dos DJs e produtores do hip-hop da região metropolitana da Grande Vitória com o intuito de perceber nessa manifestação comportamentos e construção de sentidos, inclusive na inter-relação entre mídia e subcultura. Será analisado de que forma esses produtores realizam uma verdadeira reciclagem sonora de um produto de massa global que se torna algo com a cara e identidade local. Este trabalho tem como referenciais teóricos os conceitos de polifonia e intertextualidade defendidos por Diana Luz Pessoa de Barros e Izidoro Blikstein, além da reterritorialização e hibridismo segundo Néstor García Canclini (2015).

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Biografia do Autor

Luiz Eduardo Neves , Universidade Federal do Espírito Santo

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades (Póscom) – Ufes

Referências

BARROS, Diana Luz Pessoa de. Dialogismo, Polifonia e Enunciação. Em: BARROS, Diana Luz Pessoa de; FIORIN, José Luiz (Org.). Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade. São Paulo: Edusp, 1994, p. 01-09.

BLIKSTEIN, Izidoro. Intertextualidade e Polifonia – O Discurso do Plano “Brasil Novo”. Em: BARROS, Diana Luz Pessoa de; FIORIN, José Luiz (Org.). Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade. São Paulo: Edusp, 1994, p. 45-48.

GARCÍA CANCLINI, Néstor. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. 4 ed. 7. reimp. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015.

SHUSTERMAN, Richard. Vivendo a Arte – O pensamento pragmatista e a estética popular. São Paulo: Ed. 34, 1998.

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Publicado

01-06-2020