ALTERIDADE E TERRITORIALIDADE: TENSÕES E DIÁLOGOS NA NARRATIVA CINEMATOGRÁFICA DE KLEBER MENDONÇA FILHO

Resumo

Essa pesquisa busca entender as tensões, conflitos e diálogos com a alteridade e territorialidade na cinematografia do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, especificamente em seus três últimos longas-metragens: “O som a Redor” (2012), “Aquarius”(2016) e “Bacurau”(2019). Pretende-se problematizar as formas como sua narrativa audiovisual estabelece uma relação com o outro, com o território, com a cidade e com a produção de subjetividade. Os questionamentos levantados nesse estudo partem de uma reflexão de como Kleber consegue construir em suas narrativas imagéticas, uma relação com o outro e com o território? Como figuram as relações de diferença e alteridade nessas narrativas cinematográficas? E ainda que processos subjetivos o cinema permite colocar em debate a partir das questões de classe levantadas nessas obras?Percebendo como as relações de alteridade e territorialidade atravessam o cinema contemporâneo brasileiro, a pesquisa deseja examinar a produção e olhar cinematográfico de Kleber Mendonça Filho, analisando as características e conteúdos das produções deste diretor, observando suas narrativas, cadências, ritmos imagéticos, montagens, artes, discursos, corporificações e diálogos com o território.