RETERRITORIALIZAÇÕES DO CIBERESPAÇO PARA O ENFRENTAMENTO ÀS VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES
Palavras-chave:
violência contra as mulheres, mídias sociais, jornalismo feminista, territorialidades, redes de apoioResumo
Este texto apresenta discussões realizadas no âmbito da pesquisa de Mestrado “Da casa às redes de apoio: mídias sociais no enfrentamento às violências contra as mulheres”, que tem objetivo de compreender, a partir de um estudo de caso, como se dá a construção de ciberterritórios seguros para as denúncias de violências doméstica e institucional, analisando os discursos acionados em um caso de violência produzida por um Promotor de Justiça contra uma mulher negra da periferia de Vitória/ES. Nesse percurso, mostramos a potência alcançada a partir da união das redes de apoio das mulheres com o jornalismo feminista, na busca pela visibilidade qualificada dos relatos, contribuindo assim com o debate público acerca dessa temática no Brasil e no Espírito Santo, ambos, territórios onde os crimes de violências contra as mulheres crescem a cada ano. Para a definição das dinâmicas que envolvem as plataformas digitaise outros elementos do ciberespaço, bem como as estratégias de subversão da misoginia que o estruturam, dialogamos com autores como Recuero (2009), Martino (2015), Natansohn (2022, 2013), Fuchs (2015), Lemos (2021), Castells (2001) e Poell; Nieborg; Van Dijck (2020).
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