O RÁDIO PÚBLICO BRASILEIRO DIANTE DOS DESAFIOS DO RÁDIO EXPANDIDO

Autores

Palavras-chave:

Radiodifusão Pública; MídiasSonoras; Democratização da Comunicação; Plataformização; Economia Política da Comunicação.

Resumo

Vemos hoje a plataformização da sociedade, influenciando no cotidiano e nas relações sociais, econômicas, políticas e culturais (POELL; NIEBORG; VAN DIJCK, 2020). Neste sentido, o próprio conceito de rádio foi alterado, sendo visto não mais apenas como descrição tecnológica distribuído pelas ondas hertezianas, mas também como linguagem, instituição e criação cultural (FERRARETO; KICHINHEVSKY, 2010). O rádio na atualidade é um meio expandido, que transborda as ondas hertezianas e as mídias sociais (KICHINHEVISKY, 2016). Em pesquisa divulgada a respeito do consumo de rádio no Brasil (INSIDE AUDIO, 2024), foi identificado que o veículo é escutado por 79% da população diariamente. Destes, 78% acessam o conteúdo via ondas hertezianas, e 69% dos ouvintes admitem escutar os conteúdos também por meio de plataformas digitais.

Biografia do Autor

  • Ivana Sonegheti de Mingo , Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

    Ivana Sonegheti de Mingo é mestra em Comunicação e Territorialidades na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Foi vencedora em 2022 do prêmio Intercom de Pesquisa em Comunicação na categoria Mestrado Acadêmico. É formada em Jornalismo pela     Faesa, onde também realizou o curso de especialização em Gestão em Assessoria de Comunicação. É coautora do livro “Nas Ondas do Rádio, o Espírito Santo em Sintonia – Rádio Espírito Santo: 70 anos no ar” publicado pelo Diário Oficial do Espírito Santo.

     

Referências

DE MINGO, Ivana Sonegheti. As emissoras estatais de rádio e a radiodifusão de serviço público - estudo de caso sobre as emissoras de rádio vinculadas ao poder executivo no Brasil. Dissertação de mestrado. UFES, Vitória, ES.

FERRARETO, Luiz Artur; KICHINHEVISKY, Marcelo. In: MELO, José Marques (org.) Enciclopédia INTERCOM de Comunicação – Dicionário Brasileiro do Conhecimento Comunicacional. V. 1. São Paulo: Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. p. 1009-1010, 2010.

HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização, do “fim dos territórios” à multiterritorialização. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

INSIDE AUDIO 2024. KANTAR Ibope Media, 2024. Disponível em https://kantaribopemedia.com/inside-audio-2024/ Acesso em 28 de abril 2024

KISCHINHEVSKY, M. Cultura do podcast: reconfigurações do rádio expandido.

Rio de Janeiro: Mauad X, 2024.

. Rádio e mídias sociais: Mediações e interações radiofônicas em plataformas digitais de comunicação. Rio de Janeiro: Mauad X, 2016.

MIÈGE, Bernard. As indústrias culturais e mediáticas: uma abordagem sócio- econômica.MATRIZes, [S.l.], v. 1, n. 1, p. 41-54, 2007.

MOSCO, V. The Political Economy of Communication. 2nd Ed. London: SAGE, 2009

PIERANTI, Octavio Penna. Políticas públicas para radiodifusão e imprensa. Rio de Janeiro: FGV, 2007.

PINHEIRO, E. B. B. Radiodifusão sonora pública do Brasil: o processo de conformação do Serviço e os desafios de sua integração no ambiente digital. Tese de doutorado. UNB. Brasília, DF. 22 mar 2019

POELL, Thomas; NIEBORG, David; DIJCK, José van. Plataformização. Trad Rafael Grohmann. Revista Fronteiras – Estudos Midiáticos n 22(1). Unisinos, RS. janeiro/abril 2020. p. 2-10.

RAFFESTIN, Claude. O território e o poder. In: . Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. (p. 143-217)

REBOUÇAS, Edgard. Os Atores Sociais do Lobby nas Políticas de Radiodifusão no

Brasil. In: BEZZON, Lara Andréa Crivelaro (org). Comunicação Política e

Sociedade. Campinas, SP: Editora Alínea, 2005.

UNESCO. Public broa casting. Why? How? 2001. Recurso Eletrônico. Disponível

em https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000124058 Acesso em 17 ago 2025.

WEBER, Maria Helena. Nas redes de comunicação pública, as disputas possíveis de

poder e visibilidade. In: WEBER, Maria Helena; COELHO, Marja Pfeifer;

LOCATELLI, Carlos. (Org). Comunicação pública e política: pesquisas e práticas. Florianópolis: Insular, 2017. p. 23-56.

Downloads

Publicado

24-11-2025