ENTRE MÃES E FILHAS:

CLAUSURAS SIMBÓLICAS, AUTONOMIA E IDENTIDADE EM GILMORE GIRLS

Resumen

A maternidade é frequentemente idealizada como um espaço natural de afeto, cuidado e abnegação, o que tende a silenciar conflitos, frustrações e traumas que a atravessam, especialmente quando mediados por expectativas familiares, normas de gênero e imposições sociais. Como aponta Badinter (1985), o amor materno foi por muito tempo concebido como instinto, naturalizando comportamentos moldados histórica e culturalmente. Essa construção simbólica transforma a figura materna em modelo e, simultaneamente, em limite para a identidade feminina. Na cultura midiática, tais representações são reforçadas e reconfiguradas por narrativas que exploram as relações intergeracionais, revelando projeções emocionais, repetições inconscientes  e tentativas de ruptura.