VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER:
HEGEMONIA E CONTRA-HEGEMONIA NA PRÁXIS JORNALÍSTICA CAPIXABA
Palabras clave:
Violência contra mulher; enquadramento jornalístico; hegemonia e contra- hegemonia; práxis noticiosa;Resumen
Este projeto parte do questionamento central sobre como se desenvolve a abordagem jornalística na cobertura da violência contra mulheres no Espírito Santo, investigando a possibilidade de formatos alternativos capazes de romper com os enquadramentos hegemônicos. Tal necessidade torna-se ainda mais urgente em um contexto onde a plataformização (Poell et al., 2020) intensifica práticas de espetacularização e fragmentação das narrativas. A pesquisa propõe discutir como uma nova abordagem poderia incorporar a categoria de totalidade social (Lukács, 2013), articulando casos individuais às estruturas de classe, raça (Davis, 2016) e território que os determinam, ao mesmo tempo em que opera uma práxis transformadora (Genro Filho, 2012; Bellan, 2023) que ultrapasse a mera denúncia para se constituir em instrumento de intervenção política.
Referencias
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
ENTMAN, R. "Framing: toward clarification of a fractured paradigm". Journal of Communication, vol. 43, n° 4, p. 51-58, 1993.
GENRO FILHO, Adelmo. O Segredo da Pirâmide: para uma teoria marxista do jornalismo. Florianópolis: Editora Insular, 2012.
LUKÁCS, György. Para uma ontologia do ser social. São Paulo: Boitempo, 2013.
POELL, Thomas; NIEBORG, David; VAN DIJCK, José. Plataformização. Revista Fronteiras. Vol. 22 Nº 1 - janeiro/abril 2020.
SAQUET, Marcos A.; SPOSITO, Eliseu S. (Orgs.). Territórios e territorialidades: teorias, processos e conflitos. 1.ed. São Paulo : Expressão Popular : UNESP. Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2008.
SOUZA, Rafael Bellan Rodrigues de. Jornalismo crítico-emancipatório: um estudo sobre resistência, hegemonia e comunicação. Revista Epiti, vol 25, n 2, 2023.
