A REPRESENTATIVIDADE FEMININA NAS EQUIPES DE CAPTAÇÃO DE SOM PARA CINEMA NO BRASIL

Autores

  • Alessandra Martins Toledo Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
  • Gabriela Santos Alves Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Palavras-chave:

Mulheres. Cinema. Som. Representatividade. Corpo e Território.

Resumo

Esta pesquisa, que acaba de passar pela fase de qualificação, propõe o mapeamento da representatividade feminina na liderança das equipes de captação de som para cinema do Brasil, a partir de dados sobre os longas-metragens exibidos nas salas brasileiras de cinema no ano de 2023 e relatórios divulgados pela Agência Nacional de Cinema (Ancine), que revelam a baixa participação das mulheres em quase todas as equipes voltadas para a produção cinematográfica. Além disso, este estudo busca entender, a partir de entrevistas semiestruturadas com as responsáveis pela captação de som direto dos filmes pesquisados, a contribuição estética dessas mulheres para a narrativa fílmica e os desafios enfrentados ao ocuparem o território do set de filmagem. Para refletir sobre a presença feminina nesse ambiente técnico e criativo da construção fílmica, serão resgatadas discussões da teoria e crítica feministas contemporâneas e também estudos sobre corpo e território. O último capítulo será dedicado ao protagonismo feminino nas equipes de som para cinema no Espírito Santo, pela oportunidade de dar visibilidade ao mercado audiovisual vivenciado pela autora e também por ele representar uma realidade particular em relação aos demais territórios, tendo em vista o número expressivo de mulheres assumindo os trabalhos mais relevantes do cenário local. 

Biografia do Autor

  • Alessandra Martins Toledo, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

    Mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e graduada em Jornalismo pela Ufes, possui especialização em Cinema pela Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV, Cuba) e em Marketing e Inovação pela FAESA. Atuou na liderança de equipes de captação de som direto para cinema por quase 20 anos e atualmente é Diretora de Marketing da Fundação Carmélia, instituição gestora das emissoras públicas de rádio e TV do Espírito Santo.

  • Gabriela Santos Alves, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

    Professora Associada do Departamento de Comunicação Social e Docente Permanente do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Territorialidades da UFES. Pós-doutora em Comunicação e Cultura – Eco/UFRJ. Pesquisadora da Fapes/ES, Edital Mulheres na Ciência. Integra o LapVim - Laboratório de Pesquisas sobre enfrentamento à violência contra mulheres no Espírito Santo (UFES) e o grupo de pesquisa CIA - Comunicação, imagem e afeto (UFES/CNPq). Realizadora audiovisual.

     

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA – ANCINE. Anuário Estatístico do Audiovisual Brasileiro, 2023. Brasília, 2024. Disponível em

<

https://www.gov.br/ancine/pt-br/oca/publicacoes/arquivos.pdf/anuario-estatistico-2023

.pdf > Acesso em: 10 nov. 2024.

CARNEIRO, Sueli. Escritos de uma vida. São Paulo: Pólen Livros, 2019.

GRIJALVA, Dorotea Gómez. Meu corpo é um território político. Guatemala: Zazie Edições, 2020.

HOLANDA, Karla. Por que não existiram grandes cineastas mulheres no Brasil?

Cadernos Pagu, n. 60, p. e206006, 2020.

NOCHLIN, Linda. Por que não houve grandes mulheres artistas? In: PEDROSA, Adriano; MESQUITA, André (orgs). Histórias da sexualidade: antologia. São Paulo, Masp, 2016. pp. 16-37. Disponível em:

https://www.academia.edu/32930740/Por_que_n%C3%A3o_houve_grandes_mulher es_artistas. Acesso em: 31 mai. 2025.

Downloads

Publicado

18-12-2025