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AmAndA moreirA CAstellini | luiz Henrique silvA | JuliAnA estáCio rios | GerAldo tessArini Junior
Gestão & Conexões (ManageMent and ConneCtions Journal). Vitória (Es), Vol. 13, n. 2, mai./ago. 2024.
com a cultura da organização, ela possui valor significativo para os funcionários,
desempenhando um papel crucial na contribuição para a sua permanência e
comprometimento com a empresa (Gilani & Cunningham, 2017). Em uma revisão
da literatura sobre a influência do Employer Branding na retenção de funcionários,
Gilani e Cunningham (2017) identificaram sete temas principais na literatura sobre
Employer Branding. Esses temas incluem valores da marca, indução e treinamento,
comunicação interna da marca, cultura organizacional, recompensas e benefícios,
comprometimento com a marca e gestão da marca empregadora.
No contexto brasileiro, denominado como "gestão da marca empregadora", o
termo refere-se ao processo de estabelecer um ambiente de trabalho distintivo e
promovê-lo como atrativo para os talentos necessários à consecução das ambições
organizacionais (Mascarenhas & Mansi, 2020). As pesquisas sobre essa temática no
Brasil ainda são limitadas (Oltramari, Cordova, & Tonelli, 2019). Especificamente no
campo da administração, alguns estudos abordaram a atração de jovens pelo Employer
Branding na tomada de decisão profissional (Oltramari, Cordova, & Tonelli, 2019),
o impacto do Employer Branding na atração e retenção de talentos (Stocker et al.,
2020), os efeitos e estratégias do Employer Branding no ambiente empresarial (Braga,
Milhim, & Carvalho, 2021), bem como sua implementação em uma multinacional do
setor farmacêutico (Gaspar & Andreoli, 2021).
O Employer Branding surge como uma ferramenta de diferenciação e um
mecanismo de identificação e comprometimento dos funcionários em relação à
organização (Alves et al., 2020). Sendo assim, os processos de Employer Branding
assumiram um papel central na estratégia organizacional. Estudos indicam que o
Employer Branding é relevante para a atração e retenção de funcionários (Karkhanis,
Chandnani, & Chakraborti, 2023), comprometimento afetivo (Alves et al., 2020),
estratégias de recompensa (Maurya, Agarwal, & Srivastava, 2020), expectativas de
compromisso (Kimpakorn & Tocquer, 2009), reputação (Shet, 2020) e desenvolvimento
dos trabalhadores (Chhabra & Sharma, 2014), conferindo uma vantagem competitiva
às organizações (Graham & Cascio, 2018).
Ressalta-se que as empresas utilizam a estratégia de Employer Branding para
atrair e reter os melhores candidatos, assegurando que os futuros empregados estejam
engajados com a cultura e a estratégia organizacional (Oltramari et al., 2019; Karkhanis
et al., 2023). As empresas investem na marca empregadora e em sua imagem,
buscando demonstrar a todos que é um lugar destacado e excelente para se trabalhar.
Ao criar uma marca empregadora forte, as organizações utilizam formas de transmitir
as características do local de trabalho, além de destacar como a empresa se diferencia
enquanto empregador, ou seja, apresentar vantagem competitiva em comparação às
demais organizações. Isso ocorre porque, quando os funcionários estão integrados à
empresa, eles passam a propagar essas características, mostrando que a empresa
está alinhada com o que eles acreditam (Santos, 2017).
Neste processo de Employer Branding organizacional, o desafio para os
gestores prende-se com a criação de uma cultura organizacional que inclua todos os
trabalhadores e os incentive a participar. Dessa forma, se houver um alinhamento entre
os valores dos funcionários e os da organização enquanto marca empregadora, haverá
uma maior probabilidade de identificação com o trabalho e de realçar a empresa em