GESTÃO & CONEXÕES - MANAGEMENT AND CONNECTIONS JOURNAL, VITÓRIA (ES), V. 14, N. 3, DE 2025.
Revista Gestão & Conexões
Management and Connections Journal
Vitória (ES), v. 14, n. 3, de 2025.
ISSN 2317-5087
DOI: 10.47456/regec.23175087.2025.14.3.47449.34.56
Gestão da Criatividade: Análise bibliométrica do campo
Creativity Management: Bibliometric analysis of the field
Marilia Nunes Valença
Henrique Cesar Muzzio
Universidade Federal de Pernambuco
marilia.nvalenca@ufpe.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5738-9614
Universidade Federal de Pernambuco
henrique.muzzio@ufpe.br
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-9818-5810
RESUMO
A gestão da criatividade tem tido interesse crescente na academia e entre práticos, os quais estão em busca de
maior vantagem competitiva para as organizações. Este interesse amplia os artigos científicos que buscam
compreender como se dá o processo criativo e quais fatores podem influenciar a criatividade. O artigo teve como
objetivo mapear a literatura atual sobre gestão da criatividade e compreender os caminhos teóricos que estão
sendo neste campo. Este estudo bibliométrico selecionou artigos publicados na língua inglesa entre 2013 e 2023,
chegando ao número final de 2.293 artigos. Sobre os resultados, observou-se que a criatividade está intimamente
relacionada aos temas inovação, gestão e desempenho. Na análise dos cluster temáticos percebeu-se que a
avaliação de fatores que contribuem e influenciam a criatividade se destaca. O campo se mostra plural e com
tendência decrescimento nas publicações.
Palavras-Chave: criatividade; gestão da criatividade; bibliometria.
ABSTRACT
Creativity management has been of growing interest in academia and among practitioners, who are seeking greater
competitive advantage for their organizations. This interest has increased the number of scientific articles seeking
to understand how the creative process takes place and what factors can influence creativity. The aim of our article
was to map the current literature on management and to understand the theoretical paths that are being taken in
this field. This bibliometric study selected articles published in English between 2013 and 2023, reaching a final
number of 2,293 articles. The results showed that creativity is closely related to the themes of innovation,
management and performance. In the analysis of thematic clusters, the evaluation of factors that contribute to and
influence creativity stands out. The field appears to be plural and with a downward trend in publications.
Keywords: creativity management; creativity; bibliometric study.
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Introdução
A criatividade é uma capacidade crucial para o desenvolvimento das
organizações (Fetrati et al, 2022). A criatividade e a geração de soluções inovadoras
são meios de resolver os problemas de desenvolvimento econômico lento e
resistência à instabilidade que têm sido observados nos últimos anos no contexto
mundial (Kniazevych, Strilchuk & Kraychuk, 2024). A criatividade é considerada ainda
como um elemento-chave na vantagem competitiva (Siswanti & Muafi, 2025; Parjanen
& Hyypia, 2019) e uma capacidade crucial para o sucesso e sobrevivência das
organizações (Amabile et al., 2024; Martins & Terblanche, 2003). Tais características
ampliam a importância da criatividade e a necessidade de seu gerenciamento.
Gestão da criatividade envolve o desenvolvimento de uma nova ideia, produto
ou solução que seja de valor para uma organização (Hannessey & Amabile, 2009).
Para Amabile (1988) gerir a criatividade envolve a análise de diversos fatores, como
motivações intrínsecas e extrínsecas dos colaboradores, liderança, fatores ambientais
e diversos fatores organizacionais como pressão, tempo, liberdade, autonomia e
outros. Assim, a criatividade é um processo que pode ser gerenciável para a
elaboração e aprimoramento de ideias mais robustas que potencializam a inovação
(Muzzio, 2017).
Dessa maneira, a criatividade e sua gestão se tornaram tema de interesse para
os gestores organizacionais em busca de ampliar a competitividade. Este interesse é
estendido aos acadêmicos, os quais buscam compreender seu escopo e alcance. Na
literatura, diversos estudos mostram as conexões envolvidas entre a criatividade e os
temas basilares da gestão. Por exemplo, estudos sobre a importância da liderança e
sua influência na criatividade (Peng & Chen, 2023; Haefner et al. 2021). Ou estudos
sobre a importância da gestão de recursos humanos na contribuição de uma cultura
criativa e inovadora (Mom et al., 2019; Tuan, 2020).
Este interesse no tema aparece também em estudos revisionais. A pesquisa de
Barros, Resende e Pontes (2025) foi realizada até 2024 e com 25 artigos estudou a
relação entre inovação e criatividade nas organizações trazendo nos resultados
lacunas de pesquisas, como a deficiência nas métricas para medir a criatividade e a
inovação. A pesquisa de Rhee et al. (2025) realizou uma revisão sistemática de 46
experimentos e 34 artigos para avaliar como diversos atributos ambientais como som,
cor, iluminação e outros interferem na criatividade. A pesquisa de Fetrati, Hansen e
Akavan (2022) realizou estudo bibliométrico com foco nos fatores que influenciam a
criatividade e apresentou duas trilhas ou linhas de investigação, uma relacionada ao
modelo componencial dinâmico das organizações (modelo proposto por Amabile e
Pratt, 2016) e outra que enfatiza os fatores pessoais e contextuais. O estudo
bibliométrico realizado por Mejia et al (2021) analisou artigos publicados entre 1922 e
2020 para evidenciar os principais temas de interesse de pesquisa e seus
desdobramentos para o campo. Os resultados mostraram diversos caminhos teóricos,
chamado de clusters pelos autores, que a criatividade pode seguir, sendo o cluster
teórico mais relevante o da gestão da criatividade com 6.342 artigos.
Estes estudos revisionais ilustram que existe uma crescente fragmentação com
uma profusão de temas, perspectivas e metodologias no campo (Barros, Resende &
Pontes, 2025; Fetrati et al, 2022; Hannessey & Amabile, 2009). Estes estudos
revisionais não tiveram o foco na gestão da criatividade, o que evidencia que o campo
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ainda possui lacuna em investigar de maneira específica o escopo da gestão da
criatividade. Ademais, a dinâmica que tem caracterizado o campo, com largo interesse
e elevado número de publicações demanda atualizações para compreensão dos
novos caminhos trilhados.
Assim, a presente pesquisa tem como objetivo mapear a literatura e entender a
situação atual das pesquisas científicas sobre gestão da criatividade e discutir a
perspectiva para o campo. Esse levantamento é importante porque fornece um quadro
atualizado do que tem sido foco de pesquisa neste contexto, o que interessa a
acadêmicos e gestores por examinar como a gestão da criatividade tem sido aplicada
e por oferecer insights e evidências para tomada de decisão. Para o alcance do
objetivo proposto, as questões de pesquisa que nortearam este estudo foram:
- Quais são os campos temáticos na literatura sobre gestão da criatividade?
- Quais temas são emergentes e quais são mais estudados?
- Quais estudos são mais citados e qual a sua contribuição?
- Quais as implicações práticas do que tem sido investigado no campo nos
últimos anos?
Nossos resultados, em resumo, apontam para a importância dos fatores
humanos na influência da criatividade, assim como na importância do design thinking
para aumentar a criatividade e novas ideias em equipes. Como exemplos de temas
emergentes, ficou evidenciado que a Inteligência Artificial (IA) pode contribuir
significativamente na criatividade e inovação em empresas, bem como, a
preocupação com a sustentabilidade e sua relação com uma chamada “criatividade
verde”.
Gestão da Criatividade
A criatividade envolve o desenvolvimento de uma nova ideia, produto ou solução
que seja de valor para um indivíduo ou um grupo (Hannessey & Amabile, 2009). A
ideia precisa ser original, efetiva, nova e apropriada ao problema ou à oportunidade
(Amabile, 1997). a gestão da criatividade é a prática gerencial da criatividade
(Pavlenchyk et al, 2023; Muzzio & Paiva, 2018), e envolve o gerenciamento da
produção de novas ideias no nível individual, da equipe e da organização (Fetrati et
al, 2022). A gestão da criatividade preconiza como o ambiente social ou o ambiente
de trabalho impacta a criatividade de pessoas, grupos ou organizações (Pavlenchyk
et al, 2023; Hannessey & Amabile, 2009), pois, embora a criatividade se inicie em nível
individual, para obter os resultados almejados no contexto organizacional, a
criatividade coletiva é necessária (Acar et al, 2024). Assim, é necessário um ambiente
organizacional fértil que permita que a criatividade se desenvolva.
Pesquisas vêm demonstrando a importância desta gestão. Chang et al (2023)
mostram que os colaboradores envolvidos na geração de ideias criativas podem gerar
soluções inovadoras e lucrativas. Pavlenchyk et al (2023) avalia a relação entre a
criatividade e a tomada de decisão dos gestores. Os resultados mostram da
importância da gestão da criatividade para a agilidade na tomada de decisões. Outras
pesquisas vêm ainda apontando fatores ou critérios que são relevantes para a gestão
da criatividade. Taimoor et al (2025) mostra que práticas de recursos humanos e
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práticas sustentáveis podem influenciar o desempenho organizacional e a criatividade
das equipes. Sharma e Mehta (2023) destacam a importância da segurança
psicológica, da liderança e da diversidade da equipe para a criatividade de uma
equipe. Ye et al (2022) apontam a importância da liderança transformacional e da
gestão dos conflitos em uma equipe para a gestão da criatividade. Assim, são muitas
o fatores que podem influenciar a criatividade e sua gestão nas organizações.
Cook (1998) sugere que a criatividade nas organizações depende de fatores
individuais e motivacionais que são: (i) Estabelecer uma cultura apropriada, estilo de
liderança e valores de vida que encorajem as pessoas a pensar e agir além da
sabedoria atual; (ii) Concentrar-se mais em estruturas e comunicações informais do
que tentar formalizar esses recursos; (iii) Elaborar sistemas de recompensa e
crescimento pessoal que se encaixem na estratégia e minimizem o uso de sistemas
em seu próprio benefício; (iv) Encorajar a diversidade de pessoas e habilidades,
tolerando o conflito que possa resultar, desde que seja sobre ideias e não de natureza
corrosiva. Dessa maneira, esta diversidade de perspectivas evidencia a riqueza do
campo e os múltiplos usos da criatividade (Fetrati et al, 2022; Hannessey & Amabile,
2009), o que amplia a pertinência de novos estudos revisionais.
Metodologia
Para atender aos objetivos propostos realizou-se um estudo bibliométrico. Os
estudos bibliométricos têm a capacidade de fornecer uma análise estruturada do
campo de investigação e possibilitar a identificação de tendências de pesquisa (Aria
& Cuccurullo, 2017). Para nortear este processo investigativo, adotou-se o fluxo de
trabalho recomendado por Zupic e ater (2015) que consiste nas seguintes etapas:
(i) desenho de pesquisa; (ii) seleção das bases de buscas; (iii) escolha do software
bibliométrico a ser utilizado; (iv) visualização dos dados; e, (v) interpretação.
Adicionalmente, buscou-se atender às três principais leis da bibliometria: Lotka,
Bradford e Zipf, que se referem ao levantamento sobre a frequência de autores,
periódicos e palavras.
Na fase de desenho da pesquisa, são definidas as perguntas de pesquisa e os
objetivos, os strings de busca e os critérios de seleção. As perguntas de pesquisa e
os objetivos coincidem com os objetivos do artigo, os quais são identificar nos estudos
de gestão da criatividade: Os campos de estudos; os temas emergentes; os artigos
mais citados/estudados e; as implicações práticas. Para a definição dos strings de
busca ou das palavras-chave é necessário retornar aos objetivos da pesquisa e
verificar as palavras centrais do estudo, assim como da análise de possíveis
sinônimos e expressões utilizadas para se referir ao tema principal. Para isso, foram
observados textos sobre o tema e realizadas buscas para verificar estes sinônimos e
expressões utilizadas. Foi realizada uma pesquisa inicial sobre gestão da criatividade
e foram observados nos artigos quais palavras ou sinônimos eram utilizados, e quais
palavras-chave identificavam o estudo como parte do tema geral ‘gestão da
criatividade’.
A partir disso, foi possível perceber diversas palavras ou expressões que são
utilizadas para se referir à criatividade e sua gestão. Adicionalmente, as strings
‘management’ e ‘business’ foram utilizadas para focar a análise o apenas na
criatividade por si só, mas na sua gestão. Assim, os artigos também precisavam ter
estas duas últimas strings no título, resumo ou palavras-chave. Os strings de busca
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foram utilizados na língua inglesa e precisavam estar presentes obrigatoriamente no
título, no resumo ou nas palavras-chave. Por exemplo, se um artigo tiver em seu
resumo as palavras “creative process” e “management” ele foi incluído na pesquisa.
Desta maneira, as strings utilizadas e seus operadores boleanos foram:
creativity OR “creativity management” OR “organizational creativity” OR
“corporate creativity” OR “creative process” OR “creative advantage” OR
“creative teams” OR “creative performance”
AND
management OR business
Sobre os critérios de seleção, foram incluídos todos os estudos considerados
como artigos científicos e que estivessem na língua inglesa, em razão do amplo
domínio da língua inglesa na literatura gerencia acadêmica. Foram desconsiderados
outros tipos de publicações como resenhas e editoriais. Outro critério de seleção
utilizado foi que os artigos precisavam ter sido publicados entre 2013 e 2023, sendo
que o ano de 2023 foi analisado até o último dia do mês de outubro. Tal período é
condizente com levantamento semelhantes, como o estudo de Anderson et al (2014)
que também analisam 10 anos de publicações.
A segunda fase da pesquisa, seguindo o fluxo proposto por Zupic e ater (2015),
consiste na seleção da base de buscas. Para isso, levou-se em consideração a
influência destas bases para a área e o tema e visto que o foco da pesquisa é
basicamente da área gerencial, optou-se pela Web of Science e pela Scopus, as mais
relevantes no campo gerencial e largamente utilizadas nos estudos de revisão citados
anteriormente. O uso destas duas bases suscitou o levantamento de artigos em
duplicidade, os quais foram retirados.
Para a terceira fase, dedicada escolha do software, o pacote Bibliometrix R foi
escolhido pela eficiência de seus algoritmos estatísticos e pela capacidade superior
de suas ferramentas integradas para visualização dos dados (Aria & Cuccurullo,
2017). Além disso, o Bibliometrix R traz figuras e tabelas que são úteis para análise
aprofundada dos resultados. As fases posteriores (visualização dos dados e
interpretação) são apresentadas na análise dos resultados. Os resultados da primeira,
segunda e terceira fase são ilustrados da Figura 1 a seguir:
Figura 1. Processo de Busca e Resultados
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
O quarto e quinto momento são dedicados à visualização e interpretação dos
dados para o alcance dos objetivos propostos. A seção seguinte se dedica a estas
etapas.
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Análise e discussão
Publicações, citações e países
A figura 2 mostra que a produção científica tem uma tendência crescente. O ano
de 2023 por ter sido analisado até o mês de outubro, pode não ter incluído alguns
artigos que ainda seriam publicados. Ainda assim, até outubro já ultrapassava as 300
publicações e dez anos, em 2013, os artigos publicados sobre o tema não
ultrapassaram 30 publicações. Em 2021 e 2022 a publicação sobre o tema esteve
entre 350 e 450 publicações anuais. O estudo de Mejia et al (2021) também concluiu
um aumento considerável das pesquisas sobre gestão da criatividade a partir de 2013,
com cerca de 6 mil artigos tratando sobre o tema a partir de 2014. De fato, a pesquisa
sobre gestão da criatividade tem tido relevância nos estudos de criatividade (Mejia et
al, 2021). A Figura 2 ilustra os resultados em termos de média anual:
Figura 2. Produção Científica Anual
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
A Figura 3 mostra que em 2013, no primeiro período selecionado a média de
citações é de 0,93 por artigo, o que é um resultado natural em virtude do baixo número
de publicações sobre o tema naquele ano, conforme apresentado na figura 1. Em
2017, observa-se a maior média de citações, com 7,33. Sobre isso, destaca-se o artigo
de Kianto et al (2017) e de Shanker et al (2017) publicados em 2017 e com citações
até 2023 de 337 e 237 respectivamente. O primeiro artigo trata da influência do capital
intelectual sobre o desempenho e o segundo trata de como o clima organizacional
influencia o desempenho (Kianto et al, 2017; Shanker et al, 2017). O ano de 2023
apresenta média de apenas 1,32 citações. Essa queda recente da média de citações
é esperada em razão de que artigos recentes levam um tempo natural para serem
citados por artigos em produção ou em análise para publicação, o que deve ser levado
em consideração na análise deste quesito.
Figura 3. Média de citações por ano
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
Sobre a produção dos países, os países que mais publicam são os Estados
Unidos, com 566 publicações, e a China com 521, seguido do Reino Unido com 496.
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São resultados esperados tendo em vista o reconhecido protagonismo dos Estados
Unidos e Reino Unido no campo organizacional e o recente crescimento da
importância da China neste mesmo campo.
Leis de Bradford, Lotka e Zipf
O que ficou conhecido como a Lei de Bradford se trata da produtividade dos
periódicos que publicam sobre um determinado tema. De acordo com Chueke e
Amatucci (2015), a Lei de Bradford avalia o grau de atração de um periódico e
consegue identificar os periódicos mais relevantes e que conseguem distribuir mais
os artigos ali publicados. A figura 4 apresenta os periódicos mais produtivos pela Lei
de Bradford:
Figura 4. Fontes principais pela Lei de Bradford
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
De acordo com os resultados, o periódico com maior número de publicações
sobre o tema é o ‘Sustainability’, com 132 artigos. Este periódico é voltado a questões
de sustentabilidade econômica, social, ambiental e cultural. Em segundo lugar
apareceu o ‘Frontiers in Psychology’, com 111 publicações. Depois surge o
‘International Journal of Environment’ com 29 publicações. Destaca-se ainda o quarto
lugar o ‘Journal of Business Research’, que é um periódico com foco em quaisquer
temas relacionados à negócios e gestão. O mesmo publicou 22 artigos. Já o ‘Creative
and Innovation Management’ aparece entre os 7 primeiros e publicou 19 artigos,
sendo o primeiro periódico com foco na criatividade. Enfatiza-se ainda que o fator de
impacto é algo relevante na Lei de Bradford, pois analisa os periódicos que mais tem
capacidade de atração de um tema, a qual tem relação com os temas publicados, com
fator de impacto e capacidade de entrega dos artigos publicados.
Estes resultados concordam com o estudo de Mejia et al (2021) que também
indicou ‘Sustainability’, ‘Creative and Innovation Management’ e ‘Frontiers in
Psychology’ como parte dos periódicos mais produtivos sobre gestão da criatividade,
o que evidencia que permanece o protagonismo destes periódicos no campo.
Destaca-se ainda que a Lei de Bradford também leva em consideração o tempo que
a revista pública sobre determinado assunto. Assim, após compreender a
produtividade dos periódicos, se faz necessário observar a produtividade dos autores.
Essa produtividade dos autores é feita pela Lei de Lotka e é apresentada na Figura 5:
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Figura 5. Produtividades dos autores pela Lei de Lotka
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
Conforme apresentado na Figura 5, a maior parte dos autores publicam 1 artigo,
enquanto alguns poucos autores publicam 2 ou mais artigos. Para uma melhor
compreensão são apresentados os autores e o número de artigos publicados, assim
como a sua publicação na linha do tempo na Figuras 6 e 7, respectivamente. Estas
figuram mostram que os três primeiros autores têm uma constância maior de
publicações entre 2013 e 2023. Li, Y e Wang, X. tem um número relativo de
publicações, 11 e 10 respectivamente, sendo que mais concentrado nos anos de 2018
em diante.
Figura 6. Autores mais relevantes Figura 7. Produção na linha do tempo
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
Além disso, os 3 primeiros autores possuem uma rede de colaboração notória,
conforme a Figura 8:
Figura 8. Redes de colaboração de autores
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
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Além disso, todos os autores que aparecem como mais relevantes na Figura 6
fazem parte da rede de colaborações da Figura 8. As redes de colaboração mostram
3 clusters dos autores mais relevantes. Lembrando-se que para se formar uma rede
é necessário que em pelo menos 1 artigo ocorra a citação ao outro. Também não é
necessário que o autor de central do cluster seja o primeiro autor dos artigos. Observa-
se também que as redes não possuem muitos autores, na maior parte com 4 ou menos
autores e podemos considerar que as redes possuem certo grau de dispersão.
Sobre Zhang, Y. (a rede em vermelho) alguns de seus estudos analisam diversos
fatores que podem contribuir com a criatividade. Um dos estudos analisa como o
capital humano de supervisores influencia o comportamento criativo de alunos de pós-
graduação (Zhang et al, 2022). De modo similar, outro artigo analisa como o
gerenciamento dos recursos humanos orientado ao coletivismo contribui para a
criatividade das equipes (Chen et al, 2019). Outro artigo de Zhang, Y. analisa a
influência dos laços gerenciais e da inovação verde para o desempenho empresarial,
sendo o segundo autor deste artigo o autor principal do cluster em marrom (Zhang &
Wang, 2022). Outra publicação avalia como o comportamento de empoderamento do
líder promove o compartilhamento do conhecimento da equipe (Chiang et al, 2021).
A rede em marrom, o de Wang Y., tem artigos que tratam também sobre fatores
que podem influenciar a criatividade. Um dos artigos avalia como os líderes promovem
a inovação, sendo este artigo publicado na ‘Sustainability’ (o periódico mais produtivo
conforme a Figura 5 (Wang et al, 2022). Outro artigo analisa a psicologia empresarial
e motivação na criação de produtos criativos, sendo este artigo também publicado na
‘Frontiers in Psychology’ (Qi et al, 2021). A rede em azul, o de Chen Y., traz artigos
com fatores relacionados à sustentabilidade que influenciam a criatividade e o
desempenho. Dois artigos analisam as questões da inovação e organizações verdes,
utilizando a criatividade para resultar em desempenho superior (Chen et al, 2016;
Chang et al, 2019). Outro artigo traz a criatividade verde para maior eficácia nos
resultados (Chen et al, 2014).
Assim, percebe-se que as redes mais destacadas e seus autores centrais
possuem uma rede de colaboração notória porque publicam temas similares. Apenas
a rede de Chen Y. em azul que tem o foco maior nas questões envolvendo criatividade
e sustentabilidade que tem o foco mais distante dos outros clusters. Sendo que este
foco na relação entre sustentabilidade e criatividade é nova em relação ao estudo de
Mejiá et al (2021), embora os autores já apontassem o periódico ‘Susteinability’ como
relevante. Ademais, para uma maior compreensão deste estudo bibliométrico, é
necessário compreender a frequências das palavras, que é apresentada pela Lei de
Zipf. A partir da lei de Zipf e da frequência de palavras-chaves utilizadas nos textos, é
possível compreender os temas mais recorrentes sobre o tema (Chueke & Amatucci,
2015). Inicialmente é apresentada, a partir das palavras-chave, as mudanças
ocorridas ao longo dos anos sobre os temas, conforme a Figura 9:
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Figura 09. Evolução dos temas
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
Entre 2013 e 2016 percebe-se que os temas eram bastante diversos. Em 2017,
os temas aglutinaram-se em três temas principais, ‘gestão’, ‘criatividade’ e ‘humano’.
Sobre a palavra ‘humano’ alguns artigos utilizam a palavra humano em seu título e
recursos humanos nas palavras-chave e por isso o destaque. Por exemplo, a pesquisa
de Sipa (2018) analisa os fatores determinantes da criatividade no capital humano. A
pesquisa de Zhao et al (2022) analisa como o capital humano influencia a criatividade
individual e este artigo está publicado na ‘Frontiers in Psychology’. Também publicado
no mesmo periódico, o artigo de Du e Wang (2022) analisa o comportamento inovador
dos funcionários. em 2022 e 2023, o ‘desempenho reaparece’ e a preocupação
com o desempenho das organizações se torna novamente um tema central.
Adicionalmente, também a partir das palavras-chave, são avaliados os temas de
maior interesse nos anos 2022 e 2023 até o mês de outubro. A Figura 10 apresenta a
evolução destes temas. A matriz da Figura 10 mostra que ‘criatividade’, ‘liderança’ e
‘conhecimento’ têm alto grau de relevância e baixo grau de desenvolvimento e por
isso é considerado um tema básico ou base. As questões envolvendo os ‘humanos’
está em alto grau de desenvolvimento. E os temas ‘desempenho’, ‘gestão’ e ‘inovação’
são os temas que estão em tendência crescente, com graus maiores de relevância e
desenvolvimento.
Figura 10. Evolução dos temas de 2022 e 2023
Fonte: Elaborada pelos autores (2025)
Para a análise dos artigos dos clusters e seus conteúdos a partir das Figuras 09
e 10, foram selecionados 5 artigos de cada cluster temáticos, totalizando 15 artigos.
Apenas o terceiro cluster temático foi unificado com o quarto, porque as palavras do
cluster, como “humanos” estão relacionadas com os “recursos humanos” do quarto
cluster. A Tabela 1 a seguir apresenta a análise:
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Tabela 1
Análise dos artigos por Cluster Temático
Cluster “Gestão,
Desempenho e
Inovação”
Abordagem da Gestão da Criatividade
Desafios para a Gestão
da Criatividade
Anderson, N.,
Potocnik, K. & Zhou
(2014)
1.872 citações
A gestão eficaz da criatividade, segundo o
artigo, envolve práticas de liderança
transformacional, políticas de recursos
humanos que incentivem o aprendizado
contínuo e uma cultura organizacional que
valorize a inovação, não apenas em
resultados, mas também nos processos
criativos.
- Integrar múltiplos níveis
de análise, como fatores
individuais, de equipe e da
organização;
- Integrar a criatividade aos
objetivos estratégicos.
Maddikunta et al.
(2022)
314 citações
A gestão da criatividade e inovação é
abordada ao enfatizar a importância de
sistemas que empoderem os trabalhadores
humanos, permitindo que eles contribuam com
criatividade e tomada de decisão em tempo
real, em vez de serem substituídos por
máquinas.
- Equilibrar automação com
a criatividade humana;
- Adaptar estruturas
organizacionais a
máquina/homem.
Miron-Spector et al.
(2017)
311 citações
A gestão da criatividade é abordada sob a
ótica do pensamento paradoxal, isso implica
criar ambientes que não eliminem tensões,
mas que as reconheçam como fontes de
criatividade. Líderes devem cultivar uma
cultura que valorize a ambiguidade
construtiva, incentive múltiplas perspectivas e
ofereça suporte psicológico para lidar com
conflitos criativos.
- Desenvolver
competências para lidar
com ambidestria e o
pensamento paradoxal que
vem com a criatividade.
Leung, K. Chen, T.
Chen G. (2014).
84 citações
A gestão da criatividade deve considerar o
incentivo ao aprendizado, incentivo à criação
de desafios e uma liderança que promova um
ambiente sem excessiva interferência para
mediar as motivações intrínsecas e
extrínsecas.
- Gerenciar diferenças
culturais;
- Promover um ambiente
propício à criatividade e à
inovação.
Peng, J-C; Chen, S-
W. (2023).
41 citações
O estudo mostra que o capital psicológico das
equipes criativas modera a relação entre
engajamento e criatividade. Para a gestão da
criatividade é necessário ter líderes que
cultivem um ambiente de aprendizagem
contínua, fortaleçam o capital psicológico
coletivo e promovam o engajamento dos
membros da equipe.
- Estimular motivação para
criatividade em ambientes
controlados;
- Reduzir barreiras
psicológicas.
MARILIA NUNES VALENCA, HENRIQUE CESAR MUZZIO DE PAIVA BARROSO 45
GESTÃO & CONEXÕES - MANAGEMENT AND CONNECTIONS JOURNAL, VITÓRIA (ES), V. 14, N. 3, DE 2025.
Cluster
“Criatividade,
Liderança e
Conhecimento
Abordagem da Gestão da Criatividade
Desafios para a Gestão
da Criatividade
Wang, C., Tsai, H. &
Tsai, M. (2014)
312 citações
A gestão da criatividade deve investir em
estilos de liderança que valorizem a
autonomia, o significado do trabalho e o
desenvolvimento pessoal, criando um
ambiente coletivo se segurança para a
criatividade.
- Estimular criatividade em
ambiente de pressão e
resultados.
Roberts et al. (2016)
268 citações
O estudo mostra a importância de políticas
institucionais que estimulem a interação em
práticas que estimulem a criatividade. Por
exemplo, as práticas de design thinking.
- Desenvolver processos
iterativos em culturas
organizacionais rígidas.
Micheli et al. J.
(2019)
202 citações
A gestão da criatividade é abordada a partir de
micro capacidades como empatia,
experimentação e colaboração interdisciplinar
de forma contínua e adaptativa sob a ótica da
gestão estratégica. Estas micro capacidades
contribuem para um ambiente mais seguro
diante de um contexto de pressão e
competitividade.
- Alinhar criatividade com
desempenho e gestão
estratégica.
Haefner et al.
(2021)
142 citações
A criatividade é gerida por meio
da flexibilidade comportamental do líder, que
alterna entre dar autonomia e fornecer
direção. A gestão da criatividade deve
envolver não apenas o desenvolvimento de
líderes adaptáveis, mas também a criação de
um ambiente que sustente tanto a
experimentação quanto a execução
direcionada ao desempenho, assim como o
uso elaborado da inteligência artificial.
- Gerenciar criatividade e
eficiência operacional;
- Alinhar a gestão da
inovação com a
inteligência artificial.
Yoon, W.; Kim, S. J.;
Song, J.
(2016).
82 citações
Equipes executivas com maior diversidade
cognitiva e experiências variadas tendem a
promover ambientes mais propícios à
criatividade, pois a circulação de informações
e a colaboração é mais presente. A
composição estratégica das equipes de
liderança sendo diversificada faz diferença nos
resultados da gestão da criatividade.
- Fomentar colaboração
em ambiente de pressão;
- Aumentar o fluxo de
informações.
Cluster “Gestão
do
Conhecimento,
Gestão de RH e
Sustentabilidade
Abordagem da Gestão da Criatividade
Desafios para a Gestão
da Criatividade
Mom et al. (2019)
118 citações
A criatividade é gerida por meio da motivação
intrínseca dos gestores, permitindo que eles
atuem de forma flexível e inovadora. É
necessário alinhar práticas de RH com os
objetivos estratégicos da organização para
fomentar um ambiente que sustente tanto a
criatividade quanto a eficiência operacional.
- Lidar com barreiras
hierárquicas;
- Gerenciar o fluxo de
conhecimento.
MARILIA NUNES VALENCA, HENRIQUE CESAR MUZZIO DE PAIVA BARROSO 46
GESTÃO & CONEXÕES - MANAGEMENT AND CONNECTIONS JOURNAL, VITÓRIA (ES), V. 14, N. 3, DE 2025.
Ogbeibu et al.
(2020)
110 citações
A criatividade é gerida por meio de políticas
que incentivam a aprendizagem contínua, a
autonomia e o engajamento com valores
sustentáveis. A gestão da criatividade
ambiental deve ser estratégica, integrando
tecnologia, cultura organizacional e
desenvolvimento humano.
- Integrar sustentabilidade
ao ambiente de criatividade
e inovação.
Tuan, L. (2020)
98 citações
A criatividade é gerida por meio de práticas de
RH que incentivam comportamentos
sustentáveis. A importância da liderança
inspiradora e políticas organizacionais
alinhadas com a sustentabilidade cria um
ambiente propício à criatividade e à
sustentabilidade.
- Integrar sustentabilidade
ao ambiente de criatividade
e inovação.
Kianto, A., Saenz, J.
& Aramburu, N.
(2017)
337 citações
A gestão da criatividade deve ser estratégica
e integrada, com políticas de RH que não
apenas desenvolvam competências técnicas,
mas também estimulem a colaboração, a
confiança e a experimentação.
- Transformar
conhecimento tácito em
criatividade e inovação;
- Mensurar a relação entre
as práticas de RH e a
inovação.
Gagné et al. (2019)
119 citações
A gestão da criatividade deve focar na criação
de um clima organizacional que promova a
motivação intrínseca, incentive a colaboração
e reduza barreiras psicológicas ao
compartilhamento de ideias. Isso inclui
práticas de liderança que valorizem a
autonomia, o reconhecimento e o apoio social
no ambiente de trabalho.
- Estimular engajamento
para a criatividade;
- Desenvolver incentivos à
colaboração.
Fonte: Elaborado pelos autores (2025)
No Cluster “Gestão, Desempenho e Inovação”, os artigos compartilham a ideia
de que a gestão da criatividade depende de um ambiente organizacional que valorize
o aprendizado dos colaboradores, o engajamento e o suporte da liderança. Neste
cluster, o foco é no ambiente organizacional que promova a experimentação e
proporcione a motivação dos colaboradores. A inovação aparece nesse cluster unido
a criatividade como resultado da mesma e por isso também o desempenho. No Cluster
“Criatividade, Liderança e Conhecimento os artigos mais uma vez enfatizam a
importância de uma liderança que promova a autonomia, a segurança psicológica e a
valorização da diversidade das equipes. Mas aqui neste cluster, o foco é em práticas
de liderança que fomentam a autonomia e a segurança, como por exemplo, o uso do
design thinking, da inteligência artificial e da experimentação. No Cluster “Gestão do
Conhecimento, Gestão de Recursos Humanos e Desenvolvimento Sustentável” os
estudos destacam a importância de uma gestão de recursos humanos que priorizem
um clima organizacional colaborativo, a autonomia, a liderança inspiradora e práticas
sustentáveis. Neste cluster, diversos estudos fazem a conexão entre a criatividade e
atividade sustentáveis, mostrando a importância da criatividade para criar soluções
sustentáveis, mas através de uma gestão que incentive estas práticas organizacionais
“verdes”.
Artigos mais citados
Os cinco artigos mais citados nesta pesquisa e uma síntese do seu conteúdo
são apresentados na Tabela 2:
MARILIA NUNES VALENCA, HENRIQUE CESAR MUZZIO DE PAIVA BARROSO 47
GESTÃO & CONEXÕES - MANAGEMENT AND CONNECTIONS JOURNAL, VITÓRIA (ES), V. 14, N. 3, DE 2025.
Tabela 2
Artigos mais citados globalmente
Citações
Síntese
1.872
Os autores realizam uma análise
teórica sobre criatividade e
inovação sobre estudos publicados
entre 2002 e 2013
337
O texto analisa a relação entre o
capital intelectual e a gestão de
recursos humanos sobre o
desempenho e inovação
314
O foco deste artigo é uma revisão
literária sobre a indústria 5.0
312
O artigo analisa a relação entre
liderança transformacional e a
criatividade dos funcionários
311
Análise da teoria do paradoxo
organizacional para compreender
as diferenças entre os indivíduos,
contribuindo com o desempenho e
inovação
Fonte: Elaborado pelos autores (2025)
Sobre a Tabela 2, nota-se que o artigo mais citado é uma revisão de literatura
que apresenta seis perspectivas teóricas proeminentes sobre gestão da criatividade e
os autores falam um pouco sobre cada umas das teorias. A primeira teoria
apresentada pelos autores é a Teoria Componencial da Criatividade e Inovação
Organizacional de Amabile (1997). A segunda teoria é a Perspectiva Interacionista da
Criatividade Organizacional de Woodman et al (1993). A terceira é o Modelo de Ação
Criativa Individual de Ford (1996). A quarta é uma teorização sobre diferenças
culturais e a criatividade. A quinta, Teoria dos Quatro Fatores de Clima de Equipe para
Inovação de West (1990). A por fim, a Teoria da Ambidestria de Bledow et al (2009).
Depois os autores apresentam todos os fatores em nível individual, de equipe e
organizacional que influenciam a criatividade (Anderson et al, 2014). Trazem assim
informações essenciais para os estudos sobre a gestão de criatividade, o que colabora
para ser o artigo mais citado.
Além disso, dos cinco artigos mais citados, apenas 1 é relativo aos últimos 5
anos. O artigo de Maddikunta et al. (2022) se destaca pois apresenta uma revisão de
literatura sobre a indústria 5.0 e a sua contribuição é significativa pois: (i) apresenta
vários termos e conceitos da indústria 5.0; (ii) apresenta as diferenças entre a indústria
5.0 e outras evoluções industriais anteriores; (iii) discute as aplicações mais
promissoras em diversos setores; (iv) apresenta as principais tecnologias utilizadas,
tais como análise de big data, blockchain, entre outros e; (v) apresenta as dificuldades,
como segurança, privacidade etc. Para observar outros artigos mais citados em anos
recentes foi realizada uma síntese dos cinco artigos mais citados entre 2019 e 2023
(excluindo o artigo de Maddikunta et al., 2022), apresentada na Tabela 3:
MARILIA NUNES VALENCA, HENRIQUE CESAR MUZZIO DE PAIVA BARROSO 48
GESTÃO & CONEXÕES - MANAGEMENT AND CONNECTIONS JOURNAL, VITÓRIA (ES), V. 14, N. 3, DE 2025.
Tabela 3
Artigos mais citados entre 2019 e 2023
Autores, Ano e Título
Citações
Síntese
Micheli et al. (2019). Doing Design Thinking:
Conceptual Review, Synthesis, and
Research Agenda
202
Os autores realizam uma revisão de
literatura sobre Design Thinking e
identificam os modelos mais utilizados
Haefner et al. (2021). Artificial intelligence
and innovation management: A review,
framework, and research agenda
142
O texto analisa as implicações da
inteligência artificial (IA) para a gestão
da inovação
Gagné et al. (2019). Different motivations for
knowledge sharing and hiding: The role of
motivating work design
119
O foco deste artigo é observar as
motivações dos trabalhadores no
compartilhamento/ocultação do
conhecimento.
Mom et al. (2019). A Multilevel Integrated
Framework of Firm HR Practices, Individual
Ambidexterity, and Organizational
Ambidexterity
118
Os autores analisam quais os fatores na
gestão de recursos humanos que
podem facilitar a ambidestria individual
e organizacional
Ogbeibu et al. (2020). Technological
turbulence and greening of team creativity,
product innovation, and human resource
management: Implications for sustainability
110
O artigo tem como objetivo investigar os
poderes preditivos dos pacotes de
gestão de recursos humanos verdes e a
criatividade das equipes na inovação
Fonte: Elaborado pelos autores (2025)
Os artigos mais citados na Tabela 3 mostram que os textos mais relevantes
parecem se preocupar com três principais temáticas: (i) questões de desempenho e
gestão com uso de design thinking e IA; (ii) questões de comportamento humano e
motivação dos trabalhadores e; (iii) questões de sustentabilidade e criatividade verde.
Outra questão observada é que todos os artigos da Tabela 2 (exceto o artigo de
Ogbeibu et al, 2020) utilizam a referência de Amabile (1988) em algum momento nas
pesquisas. O artigo de Micheli et al (2019) é uma revisão de literatura sobre design
thinking e valida a parte teórica com a aplicação empírica. Seu estudo traz
contribuições teóricas ao elucidar alguns conceitos e métodos teóricos deste tema nos
estudos realizados e traz contribuições práticas e gerenciais ao tentar apresentar
quando e como o design thinking deveria ser utilizado.
O tópico ‘design thinking’ é mais conectado s atividades de criatividade,
inovação e geração de ideias (Micheli et al, 2019). E talvez por isso tenha se
destacado entre os artigos mais citados na análise de cluster, conforme a Tabela 1,
com o artigo de Roberts et al. Healthcare (2016). Além disso, o tema havia
aparecido em outros estudos bibliométricos (Mejia et al, 2021). O estudo de Haefner
et al (2021) utiliza a teoria comportamental das empresas para analisar as implicações
da IA sobre a gestão da inovação. O texto apresenta os potenciais áreas de aplicação
da IA no processo de inovação e na geração de ideias. Também traz discussão sobre
se a IA poderia substituir a atividade humana e mostra que o uso da IA no
processamento de informações é relevante para a inovação nas empresas.
No caminho do comportamento humano e especificamente dos trabalhadores, o
artigo de Gagné et al (2019) se preocupa com a motivação dos trabalhadores sobre
ocultar ou compartilhar conhecimento. Os autores abordam três motivações ou fatores
que poderiam motivar o compartilhamento ou ocultação do conhecimento: demandas
MARILIA NUNES VALENCA, HENRIQUE CESAR MUZZIO DE PAIVA BARROSO 49
GESTÃO & CONEXÕES - MANAGEMENT AND CONNECTIONS JOURNAL, VITÓRIA (ES), V. 14, N. 3, DE 2025.
cognitivas, autonomia e dependência de tarefas. Os resultados mostraram que
apenas a dependência de tarefas influenciou a ocultação do conhecimento, e as
outras duas motivações motivariam o compartilhamento de informações. De modo
similar, a pesquisa de Mom et al (2019) apresentam como as práticas de recursos
humanos afetam os resultados individuais e organizacionais, incluindo aspectos
cognitivos e motivacionais. Contribui de modo teórico e gerencial para compreender
como os comportamentos individuais dos trabalhadores influenciam o desempenho
organizacional e como a interação entre diversos setores e pessoas é fundamental na
construção da vantagem competitiva.
Implicações práticas
Diante dos dados evidenciados é possível identificar pontos de interesse para
acadêmicos da área. Constatamos que os temas mais estudados no ano de 2017
(Figura 09) eram relacionados ao comportamento humano, cujo interesse central era
sobre os fatores humanos que influenciam a criatividade e este ainda é um tema de
destaque (Figura 10), embora se perceba que outros temas tenham interesse por
partes dos pesquisadores da área. Desse modo, os acadêmicos podem se utilizar
destes resultados para direcionar suas pesquisas sobre temas ainda pouco estudados
ou sobre perspectivas ainda não vislumbradas nas pesquisas sobre gestão da
criatividade até o momento.
Para os gerentes ou gestores de empresas, as pesquisas podem trazer insights
de como melhorar a gestão da criatividade nas empresas. Por exemplo, os estudos
de Micheli et al (2019) mostram como o uso do design thinking é um auxílio na geração
de ideias e na criação de inovações. Assim, gestores podem se utilizar do design
thinking para aumentar a criatividade e novas ideias em suas equipes. Outro exemplo
é o estudo de Haefner et al (2021) que diz especificamente em que áreas o uso de IA
pode contribuir na criatividade e inovação em empresas. Observando o lado dos
colaboradores e suas motivações pessoais, os estudos de Gagné et al (2019) e Mom
et al (2019) mostram como os recursos humanos são essenciais para os resultados
individuais e organizacionais. Seus estudos mostram como a motivação e o
compartilhamento de informações, fatores mais individuais, são importantes para os
resultados de equipes e da organização como um todo. Assim, percebe-se que
gerentes podem aproveitar destas pesquisas para melhorar de modo prático os
resultados organizacionais referente à criatividade, o que teria implicações positivas
na inovação e na competitividade das organizações.
Agenda de pesquisa
Baseado no presente estudo, ficou evidenciado o uso de temas clássicos de
gestão e suas conexões com a criatividade, tais como desempenho, inovação,
liderança, gestão do conhecimento e recursos humanos. A despeito disso, nos parece
que persiste a necessidade de aprofundamento em determinados temas em razão da
capacidade dos mesmo em ampliar o escopo da gestão da criatividade, com
resultados potenciais para ampliar a inovação organizacional e, consequentemente,
sua competitividade. A partir de nossas evidências e vislumbrando a perenidade da
dinâmica do campo, bem como necessidades emergentes, estabelecemos a seguinte
agenda de pesquisa:
MARILIA NUNES VALENCA, HENRIQUE CESAR MUZZIO DE PAIVA BARROSO 50
GESTÃO & CONEXÕES - MANAGEMENT AND CONNECTIONS JOURNAL, VITÓRIA (ES), V. 14, N. 3, DE 2025.
1) Concentrar esforços em pesquisar questões entre desempenho e gestão da
criatividade. Apesar de avanços dos estudos de criatividade e desempenho, existem
lacunas entre estes constructos que necessitam ser esclarecidas. Por exemplo,
ausência de indicadores ou métricas que permitam avaliar o impacto direto da
criatividade no desempenho organizacional. Indicadores adaptados ou não
relacionados à criatividade podem trazer resultados inexatos e avaliações incorretas
na gestão (Vasconcelos et al. 2024). Além disso, a criatividade muitas vezes tem sido
tratada como um conceito homogêneo, sem considerar os níveis de análise, individual,
grupal e organizacional, que impactam o desempenho. O nível de análise traz
diferenças significativas no tipo de criatividade, nos resultados, na sua gestão e
consequentemente no desempenho (Peng & Chen 2023). Assim, a necessidade
de melhor compreender como os constructos gestão da criatividade e desempenho
organizacional se relacionam;
2) Aprofundar pesquisas sobre como a liderança influencia os resultados criativos
na organização. Os estudos atuais enfatizam estilos de liderança que favorecem a
criatividade e sua gestão (Ye et al, 2022; Roberts et al. 2016). Masfalta de estudos
que considerem variáveis ambientais, culturais e os contextos inovadores da
atualidade, como ambientes de startups, ambientes digitais interferem nas relações
entre liderança e gestão da criatividade. Assim, a despeito de vasta literatura sobre
liderança, este tema ainda é pertinente por estabelecer como a liderança irá atuar com
as demandas organizacionais emergentes no campo da criatividade;
3) Relacionar as pesquisas entre gestão do conhecimento e criatividade. Um dos
caminhos pouco explorados é a relação entre tecnologias, sustentabilidade e
criatividade (Ogbeibu et al. 2020). Neste sentido, a colaboração entre funcionários
inclui o compartilhamento de conhecimento e de ideias, que é essencial para a
criatividade nas organizações. Integrar tecnologias verdes no modo como o
conhecimento é gerido e compartilhado contribui para a gestão da criatividade. Assim,
identificar como integrar todos estes componentes é um caminho potencial;
4) Expandir as pesquisas sobre os recursos humanos e sua relação com a
criatividade. No contexto organizacional, o desafio é criar perpetuamente um ambiente
que possibilite que os colaboradores tenham espaço para gerar e compartilhar ideias
criativas e por fim gerar a inovação. Por exemplo, poucos estudos têm dado atenção
à influência da cultura organizacional na conversão de conhecimento tácito em ideias
criativas (Tuan, 2020). Além disso, existe uma notória separação entre as práticas de
recursos humanos e a gestão da criatividade, o que inclui a gestão de talentos e outras
práticas (Gagné et al.2019). A ampliação de pesquisas sobre o novo escopo de
gerenciamento de pessoas, capaz de ampliar robustamente a criatividade
organizacional, tem papel importante no emergente campo criativo;
5) Pesquisas sobre sustentabilidade são abrangentes na literatura, contudo,
pesquisas que abordem como a criatividade organizacional pode contribuir para este
foco ainda são escassas e apresentem potencial de interesse. Os estudos ignoram as
tecnologias verdes, oscilações de mercado e preferências dos consumidores que
interferem na gestão da criatividade. Sendo assim, um caminho promissor e amplo
para pesquisa;
6) Por fim, a Inteligência Artificial (I.A.) tem sido de elevado interesse em
pesquisas recentes, contudo, estudos sobre as conexões entre criatividade e I.A.
ainda são escassos e com amplas possibilidades de pesquisa para a competitividade
organizacional. Os estudos sobre IA e criatividade ainda mantém o foco
MARILIA NUNES VALENCA, HENRIQUE CESAR MUZZIO DE PAIVA BARROSO 51
GESTÃO & CONEXÕES - MANAGEMENT AND CONNECTIONS JOURNAL, VITÓRIA (ES), V. 14, N. 3, DE 2025.
predominantemente técnico e operacional (Haefner et al. 2021). Pode-se ampliar os
estudos trazendo a IA como parceira para geração de ideias, seleção de ideias,
prototipagem, inovação e outras questões. Isto amplia as pesquisas para relação entre
as pessoas, IA, tecnologias e criatividade.
Conclusões
A presente pesquisa apresenta sua relevância ao sintetizar as pesquisas
realizadas sobre gestão da criatividade entre os anos 2013 a outubro de 2023. Pela
análise de 2.293 artigos no estudo bibliométrico, foi possível observar quais
periódicos, autores e artigos são mais relevantes sobre o tema no período analisado.
Além disso, foi possível observar de modo empírico como o campo de gestão da
criatividade é diverso e plural, onde se observa uma tendência de crescimento nas
publicações. O primeiro objetivo era observar quais os temas que se destacam na
área. O segundo objetivo era perceber quais os temas que são emergentes e quais
são mais estudados. Os resultados atingiram estes dois primeiros objetivos, pois foi
possível examinar que a criatividade está intimamente relacionada ao tema inovação,
à gestão e ao desempenho. Além disso, os temas relacionados aos recursos
humanos, à motivação e à ação das pessoas são essenciais para a compreensão da
temática e é uma das temáticas mais estudadas, sob as mais diversas perspectivas e
abordagens. Outro tema emergente é a aplicação do design thinking. O terceiro
objetivo desta pesquisa foi atingindo ao apresentar nas Tabelas 1 e 2 os artigos mais
citados, uma síntese do conteúdo e a contribuição deles.
Como novidade, foi apreendida a ascensão do tema relacionado à
sustentabilidade e à criatividade verde e pode-se considerar este como um tema de
interesse recente, pois apareceu apenas ao se analisar os artigos mais citados entre
2019 e 2023. A inteligência Artificial é uma perspectiva que se mostra com potencial
de crescimento diante da importância que sua aplicação tem mostrado para o mundo
organizacional e, provavelmente, terá interesse crescente no campo. Estes resultados
apresentam sua contribuição teórica e gerencial ao apresentar as pesquisas mais
relevantes que podem ser estudadas para aumentar o conhecimento sobre a gestão
na criatividade e oferece insights que podem ser observados por gestores e gerentes
de empresas, notando o quarto objetivo desta pesquisa.
Como é comum, nossa pesquisa apresenta algumas limitações. Este estudo
abordou através do sistema bibliométrico apenas artigos que tivessem pelo menos a
palavra criatividade e management ou algum dos strings de busca no resumo ou
palavra-chave. Assim, é possível que alguns artigos relevantes sobre a gestão da
criatividade tenham ficado fora da pesquisa por não utilizarem estas palavras
especificamente. Ainda, é possível que algum artigo tenha utilizado criatividade na sua
palavra-chave, sendo incluído neste levantamento, mas trate de outro tema distinto do
que buscamos abordar. Desta maneira, sugere-se pesquisas adicionais que possam
abordar temas emergentes que ainda não surgiram com tanta ênfase, mas parecem
ser uma tendência, como a criatividade verde e a sustentabilidade e a inteligência
artificial. Sugere-se também mais pesquisas que possam analisar os modelos teóricos
utilizados nas pesquisas sobre gestão da criatividade, para compreender quais são
mais utilizados e as suas circunstâncias. Assim, espera-se que pesquisas adicionais
possam contribuir com a robustez e aumento do conhecimento sobre gestão da
criatividade.
MARILIA NUNES VALENCA, HENRIQUE CESAR MUZZIO DE PAIVA BARROSO 52
GESTÃO & CONEXÕES - MANAGEMENT AND CONNECTIONS JOURNAL, VITÓRIA (ES), V. 14, N. 3, DE 2025.
Agradecimentos
* A primeira Autora agradece o apoio da CAPES
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