Identidade, memória da morte e religiosidade: o culto e oferendas à Cigana no cemitério de Santo Antônio

Autores

  • Barbara Thompson

Resumo

Este artigo realiza uma análise de alguns dos pontos estruturantes e basilares do ritual no túmulo da Cigana Adélia Kothich que localiza-se no cemitério de Santo Antônio, em Vitória -ES. Há interesse em elaborar uma apresentação sobre como a pesquisa se estruturou e os dados do trabalho de campo obtidos até o momento. O rito estudado também pode ser nomeado como religiosidade no cemitério. Esta Cigana é uma morta que realiza graças, e devido a isso seu túmulo recebe visitantes constantemente, sendo que estas pessoas depositam variadas oferendas em cima do túmulo (velas, flores, cigarros, champagne). Metodologicamente realizou-se uma pesquisa de tipo qualitativo, tendo como prática central a etnografia e a pesquisa bibliográfica. Ademais, utilizou-se como instrumentos de coleta de dados o diário de campo, a observação participante, a entrevista e a análise conceitual. Dessa forma, ressalta-se que os dados etnográficos recolhidos em caráter parcial foram submetidos a um entrelaçamento com a teoria. O artigo conclui que toda troca promove aliança e inserção social. Quando um ente limiar, à margem, isto é, a Cigana no caso, é a figura central de um sistema de troca de cunho religioso ela contesta as noções de honra e poder que foram socialmente estabelecidas pelos dominantes.

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Publicado

19-05-2017

Edição

Seção

Estudos socioambientais, culturas e identidades